Leitores comentam que estão mais reservados no convívio social

'A pandemia me fez retomar o gosto por prazeres caseiros', escreve assinante

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Nesta semana, a Folha perguntou aos leitores se, com o passar dos anos, eles se tornaram mais reclusos e com um círculo social menor. O questionamento veio após uma reportagem que analisa esse comportamento introspectivo como algo comum no envelhecimento de primatas. Confira algumas respostas a seguir.


Fui ficando mais seletiva e querendo por perto apenas os que, de certa forma, têm os mesmos objetivos e gostos que eu.
Nilzana Braga Esteves (Macapá, AP)

Depois da pandemia, retornei ao convívio social com força, saindo todos os finais de semana, reunindo amigos em casa, mas, com o passar do tempo, fui diminuindo e me afastando de muitas pessoas. Hoje faço alguns passeios com minha esposa e sobrinha uma ou duas vezes no mês. Do círculo de amigos, que eram mais de 20 pessoas, sobraram três, que converso uma vez no mês.
Sabrina Arruda (Campinas, SP)

Estou mais reservado no convívio social. Amigos verdadeiros permanecem fiéis, mas a frequência de convivência diminuiu.
Eduardo Leão (Recife, PE)

Macaco tibetano em reserva florestal, na província de Qinghai, na China - Liu Zexing/Xinhua

Depois dos 40 anos, eu fiquei muito seletivo. Gosto mais de ficar na minha casa de boa. As pessoas são frustrantes demais. Não consigo confiar muito em amigos hoje.
Marivan Mariano de Araújo (Jardim do Seridó, RN)

Sempre cultivei as amizades. Encontrava as pessoas, mas, de um tempo para cá, não tenho vontade de ir a quase nenhum lugar.
Cássia Strobel (Sorocaba, SP)

Sim, aliado a minha saída do Brasil, atualmente moro no Uruguai, sinto uma dificuldade de manter os vínculos antigos e de criar outros novos.
Leandro Pereira de Lima (Montevidéu, Uruguai)

Deixei de ser uma pessoa ávida por novas amizades e me tornei mais exigente quanto ao perfil das pessoas que poderiam ser consideradas amizades mais próximas.
Marcos Leão (Curitiba, PR)

Acredito que venho me tornado, sim, mais introspectivo. Primeiro, devido ao estilo de vida que levamos hoje na sociedade, na qual o ritmo toma muito do tempo. Segundo, pelas experiências vividas ao longo do tempo, como gastar energia demais em uma relação que não vejo potencial para continuar.
Brendow Renato Leal Silvestre (Belo Horizonte, MG)

Foi diminuindo o círculo de amizades. A maturidade nos torna menos tolerantes e a experiência ensina que não precisamos de algumas coisas que são mais imposições sociais que necessidades.
Geni Frota Marrins (Macapá, AP)

Com certeza meu círculo de amigos diminuiu, bem como minhas saídas de casa. A renda encolheu, a falta de segurança é grande, as pessoas estão mais dispersas. Tínhamos um grupo de amigos, viajávamos juntos, mas, depois da pandemia, a coisa não engrenou mais. Além disso, a pandemia me fez retomar o gosto por prazeres caseiros: leitura, streamings, cozinhar.
Denise Antunes Accurso (Porto Alegre, RS)

Com certeza, nossa régua fica cada vez mais alta. Ficamos mais seletivos e não queremos mais andar com pessoas que não nos agradam de alguma forma. Nem todos os convites são aceitos e nosso lar se torna mais interessante.
Livia Dalmaso (Osasco, SP)

Guardei amigos que seguiram vidas similares a minha e que pautaram seus objetivos da mesma forma que eu. Me distanciei (não propositalmente) daqueles que tomaram caminhos muito divergentes. Ainda gosto muito desses amigos do passado, mas não me identifico mais com eles como antes. Tudo ocorreu de forma muito orgânica, meu círculo social foi simplesmente se fechando naturalmente.
Alexandra Vincent (Rio de Janeiro, RJ)

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