O deputado republicano George Santos, filho de brasileiros, voltou às manchetes nos Estados Unidos nesta quarta-feira (10), depois de se apresentar à Justiça para ouvir formalmente as acusações de que é alvo por parte do Departamento de Justiça.
Santos se vê envolvido em controvérsias desde antes de assumir, quando investigações da imprensa e de órgãos de fiscalização apontaram mentiras e fraudes em série cometidas por ele —que admitiu ter "embelezado o currículo" para atrair eleitores, mas ainda não explicou várias outras suspeitas. Agora, ele passa a ser alvo de 13 acusações: 7 de fraude, 3 de lavagem de dinheiro, 1 de desvio de verba pública e 2 por declarações falsas à Câmara.
Nesta quarta, ele foi liberado depois de pagar uma fiança de US$ 500 mil e ouviu gritos de mentiroso ao deixar um tribunal federal em Long Island. A jornalistas afirmou acreditar ser inocente e se disse vítima de uma caça às bruxas da imprensa e do governo democrata.
Primeiro republicano declaradamente gay a vencer uma eleição para a Câmara nos EUA, o filho de brasileiros é um trumpista conservador, próximo à ala radical do partido. A legenda vê a pressão sobre ele com cautela, porque tem hoje uma maioria estreita na Casa e candidato indefinido para a eleição presidencial de 2024 —ante os imbróglios jurídicos do favorito para concorrer, o ex-presidente Donald Trump.
Nesta quinta (11), o Café da Manhã explica a projeção que o caso George Santos ganhou na política americana e analisa os rumos das acusações. O podcast entrevista a jornalista Lúcia Guimarães, colunista da Folha que vive em Nova York e conversou com Santos depois de ele deixar o tribunal.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Gustavo Simon e Magê Flores, com produção de Laila Mouallem e Priscila Camazano. A edição de som é de Thomé Granemann.
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