Descrição de chapéu Café da Manhã Rita Lee

Podcast discute legado de transgressão de Rita Lee dentro e fora dos palcos

Pesquisadora musical analisa marcas que a artista, morta aos 75 anos, deixa na cultura e na sociedade

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Um belo dia, ela resolveu mudar. E a música, o comportamento, o sexo e outras coisas não seriam mais as mesmas no Brasil. Rainha mais pop que o rock do país já teve, Rita Lee morreu na noite de segunda-feira (8), em São Paulo, deixando uma revolução como legado.

A artista superou o medo do palco —que uma professora de piano detectou quando ela fez xixi numa apresentação aos seis anos— para se tornar a mais bem-sucedida roqueira do país. Rita recebeu o diagnóstico de câncer no pulmão em 2021; no ano passado, a doença teria entrado em remissão.

Multi-instrumentista irreverente, ela viveu diferentes fases na carreira: a experimentação musical e a transgressão nas performances dos Mutantes, a virada para o pop com a banda Tutti Frutti e o parceiro de vida Roberto de Carvalho, o afastamento dos palcos sem deixar de se expressar também na TV, em livros e nas redes sociais.

Em todos esses espaços, Rita Lee reafirmou a posição de que dá pra fazer música "com útero, ovário e sem sotaque feminista clichê". A artista manteve o sarcasmo (inclusive em relação a si mesma) e a sinceridade como marcas, mesmo para falar de temas como o abuso de drogas, o câncer e, como detalhou em sua autobiografia, um estupro que sofreu quando criança.

O Café da Manhã desta quarta (10) fala sobre como a atitude de Rita Lee marca a cultura e a sociedade brasileira. O episódio entrevista Chris Fuscaldo, jornalista e pesquisadora musical e autora do livro "Discobiografia Mutante".

O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.

O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelas jornalistas Magê Flores e Gabriela Mayer, com produção de Laila Mouallem, Priscila Camazano, Angela Boldrini e Carolina Moraes. A edição de som é de Thomé Granemann.

Imagem de capa do podcast Café da Manhã, com o nome do programa escrito sobre vários recortes de jornais. Logos de de Spotify e Folha de S.Paulo podem ser vistas nos cantos
Podcast Café da Manhã - Reprodução
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