Podcast apresenta os números da desigualdade racial no Brasil

Diferença salarial é, em média, de 14,25% entre brancos e negros com mesma formação e experiência

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São Paulo

Quando o tema é salário, o que significa uma pessoa ganhar 14% a menos que outra? Se quem tem o rendimento maior investir a diferença, a cada seis anos ele vai poder tirar um ano sabático —enquanto o colega vai continuar trabalhando. No Brasil, essa diferença está posta para as pessoas negras, que ganham em média 14,25% a menos que as brancas com a mesma escolaridade e experiência.

A condição persiste há 40 anos, como mostram os dados compilados pelo livro "Números da Discriminação Racial", que baseia uma série de reportagens da Folha. A obra aponta que a desigualdade entre brancos e negros aparece também na renda domiciliar, no acesso à educação e na mobilidade social.

Com o impulso recente que o debate racial ganhou, houve avanços pró-equidade, a exemplo de cotas raciais de acesso às universidades e outras políticas afirmativas. Mas ainda falta avançar muito para a inclusão de fato na economia das pessoas negras —um caminho que passa pela educação, pela cultura corporativa e por políticas públicas.

O episódio desta quarta-feira (1º) do Café da Manhã fala dos números da desigualdade entre brancos e negros no Brasil. Os economistas Michael França e Alysson Portella discutem os efeitos dessa falta de equidade na economia e analisam caminhos para superar os abismos raciais no país. França e Portella são pesquisadores do Insper e autores de "Números da Discriminação Racial".

O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.

O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Gustavo Simon e Magê Flores, com produção de Carolina Moraes e Victor Lacombe. A edição de som é de Thomé Granemann.

Imagem de capa do podcast Café da Manhã, com o nome do programa escrito sobre vários recortes de jornais. Logos de de Spotify e Folha de S.Paulo podem ser vistas nos cantos
Podcast Café da Manhã - Reprodução
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