Acusados são condenados pela morte da deputada Ceci Cunha
Os cinco acusados de mandar matar a deputada Ceci Cunha em 1998, em Maceió (AL) foram condenados nesta quinta-feira (19).
O ex-deputado Talvane Albuquerque, foi condenado como mandante do crime. Jadielson Barbosa da Silva, Alécio César Alves Vasco e José Alexandre dos Santos, são acusados de efetuarem os disparos, e Mendonça Medeiros da Silva, acusado de participar na preparação e execução do crime, foram condenados pela morte da deputada.
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A pena ainda está sendo lida no tribunal. Jadielson Barbosa recebeu pena de 105 anos de prisão em regime fechado. Alécio Alves Vasco foi condenado a 87 anos e três meses, também em regime fechado. José Alexandre dos Santos, o Piaba, recebeu pena de 105 anos. Mendonça Medeiros da Silva cumprirá pena de 75 anos e 7 meses.
Ceci Cunha foi morta em 16 dezembro de 1998, durante uma visita à casa de sua irmã, em Maceió, horas depois de ser diplomada deputada pela Justiça Eleitoral. Era o seu segundo mandato.
Ela, seu marido, Juvenal Cunha, o cunhado Iran Maranhão e a mãe dele, Ítala Maranhão, estavam sentados em frente à casa da família quando foram atingidos por pistoleiros. Todos morreram.
A deputada foi atingida por um tiro no pescoço. O episódio ficou conhecido em Maceió como a "chacina da gruta", em referência ao bairro onde ocorreu.
Primeiro suplente na coligação que elegeu Ceci Cunha na eleição de 1998, Talvane Albuquerque chegou a assumir a vaga, mas foi cassado pela Câmara dois meses depois por falta de decoro parlamentar.
Ele foi denunciado pelo Ministério Público Federal sob acusação de encomendar a morte da deputada. Ficou preso por um ano e, desde maio de 2000, aguarda julgamento em liberdade.
DEFESA
Desde o início do processo, Talvane negava ter ordenado o crime. O advogado Welton Roberto, que defende o ex-deputado, disse que não há provas contra ele e que nunca foram investigadas outras hipóteses para o crime.
"Dizem que são 13 anos de impunidade. Mas, na verdade, são 13 anos de injustiça, pois ele é acusado sem provas", afirmou.
Segundo o advogado, ainda não foram julgados dois recursos que questionam a transferência do processo da Justiça de Alagoas para a Justiça Federal. Esses recursos, diz o advogado, podem levar à anulação do julgamento.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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Com informações da Agência Brasil
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