Discussão sobre MP dos Portos coloca em guerra dois grupos privados
A MP dos Portos, elaborada pelo governo para abrir o setor, colocou em guerra dois grupos do setor privado: operadores com concessões em portos públicos e grandes empresas que já têm ou querem entrar no negócio.
De um lado, estão empresas como a Santos Brasil, do empresário Daniel Dantas, e a Libra Terminais, operadoras com forte atuação no país.
Interesse setorial não pode se sobrepor ao nacional', diz Gleisi
De outro, estão grupos como o do empresário Eike Batista, Odebrecht e MSC, operadora internacional de navios.
O embate ocorre porque a antiga lei, que pode voltar a vigorar se a MP dos Portos perder a validade na quinta, fazia restrição entre tipos de terminais. Os privados praticamente só podem transportar cargas próprias. Os públicos podem transportar produtos de terceiros.
Os operadores em portos públicos temem a concorrência porque eles não teriam os mesmos custos. Com isso, poderão ser mais competitivos.
Hoje, os dois grandes grupos que atuam no setor, com concessões em portos públicos, detêm cerca de 33% do total de movimentação de contêineres no país e quase 80% no Porto de Santos.
Reservadamente, o governo diz que os operadores de portos públicos estão fazendo lobby no Congresso contra a MP, tendo como representantes no Legislativo deputados peemedebistas. (VALDO CRUZ)
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade