Dilma anuncia recursos para SC e troca elogios com governador do PSD
Na sua passagem por Santa Catarina nesta quarta-feira (27), a presidente Dilma Rousseff anunciou, em Itajaí, a liberação de cerca de R$ 60 milhões para obras de prevenção de enchentes no Estado. O ato foi marcado pela troca de elogios com o governador Raimundo Colombo (PSD).
Entre as obras anunciadas está a ampliação da capacidade de contenção das barragens de Taió e Ituporanga, na região do Vale do Itajaí --uma das mais afetadas pelas cheias no Estado nos últimos anos. A previsão é aumentar em 19% a capacidade de retenção da água.
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A visita a SC ocorre cerca de uma semana depois do PSD, partido do governador, ter anunciado apoio formal à reeleição de Dilma em 2014. Nos bastidores, o indicativo é de que a viagem, que inclui eventos em três cidades, indique um possível apoio do PT à reeleição de Colombo.
Roberto Stuckert Filho/PR | ||
Dilma recebe placa de agradecimento em Santa Catarina pelo encaminhamento de projeto sobre universidades comunitárias |
"Como é que Santa Catarina pode te reconhecer? Pelo sentimento de gratidão, de reconhecer sua atitude", disse o governador à Dilma.
A presidente qualificou as obras anunciadas como "linha de combate estratégica" e disse que a parceria com o governador em relação às medidas começou em dezembro de 2011. "De fato liguei para o governador Colombo e data daí uma grande parceria com ele", disse.
"Também acho muito importante o que fizemos juntos, que é o sistema de prevenção. Criamos um sistema que permite saber quando vai chover. Nós conseguimos em torno de dez dias ter uma previsão. Sinal vermelho: a chuva vai ser feia. Isso permite o trabalho de prevenir para não ter que chorar depois."
Ela também comentou as tragédias ocorridas no Estado. " Sei o tamanho desses desastres causados por quantidades excessivas de chuva como sei também a tragédia causada pela seca no Nordeste, talvez a pior dos últimos cem anos", disse.
EDUCAÇÃO
A presidente também voltou a exaltar, durante o evento, a realização de leilão do petróleo da camada do pré-sal e a destinação dos royalties dessa exploração para a educação.
"Para sair da pobreza, só tem uma receita: educação. Como manteremos de forma estável 36 milhões de brasileiros que resgatamos da miséria? Se quisermos ser uma nação desenvolvida, dê-lhe ciência, dê-lhe tecnologia, dê-lhe educação", disse.
Dilma defendeu ainda temas como o pagamento do piso nacional do magistério, a expansão das universidades para o interior do país, o avanço do ensino integral e a criação das instituições comunitárias de ensino superior, o que permite que universidades privadas participem de editais para receber recursos públicos e investir em ações sociais.
"Só tem um jeito de fazer educação de qualidade, que é pagar professor bem. E não estou fazendo demagogia com vocês. No passado, ser professor tinha status. Eu lembro disso, gerente do Banco do Brasil também era algo que as moças gostavam", brincou.
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