Aécio diz que Cardozo está um 'pouco nervoso' sobre investigação de cartel
O senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB e provável candidato do partido à Presidência da República, criticou nesta sexta-feira (29) a atuação do ministro José Eduardo Cardozo (Justiça), nas investigações sobre o cartel de trens em São Paulo.
"Eu estou achando meu amigo ministro um pouco nervoso, era mais fácil ele ir ao Congresso se explicar" disse Aécio em evento da Secovi-SP (Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo).
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Aécio disse ainda que Cardozo perdeu a capacidade de liderar a investigação do caso. Ele disse, porém, que a saída do ministro é algo que cabe a presidente Dilma.
O senador criticou ainda o presidente do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), Vinicius Carvalho, que omitiu sua ligação com o deputado Simão Pedro (PT- SP), responsável por ter entregado a Cardozo os documentos. "O presidente do Cade é hoje um presidente sob suspeição".
Aécio classificou de falsificação a versão em português de um documento que acusa integrantes do PSDB de terem recebido propina nas licitações de trens e metrô. "Ele [Cardozo] poderia dizer se já determinou a Policia Federal a abertura de um inquérito para investigar onde foi feita essa falsificação", disse o senador.
Ele também afirmou que os culpados pelos desvios devem ser culpados mesmo se forem do PSDB, mas defendeu os nomes citados, principalmente o do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP).
Aécio disse ainda que o Zezé Perrella (PDT-MG) deve dar explicações sobre a apreensão de mais de 450 kg de cocaína em um helicóptero de propriedade de seu filho. A família Perrella é aliada do tucano.
SÃO PAULO
O PSDB de São Paulo também criticou Cardozo, através de uma nota assinada pelo deputado federal Duarte Nogueira, presidente do partido no Estado. O texto faz coro com as declarações de Aécio e pede que seja investigado o autor dos documentos.
A nota afirma ainda que "como bem faz o PT desde que chegou ao poder, Cardozo confunde partido e governo". O texto também defende que a investigação sobre o cartel seja ampliada para outros setores e regiões do país.
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