Brasil, Argentina e Uruguai facilitam acesso a documentos de ditaduras
O Brasil assinou nesta quarta-feira (29) dois acordos bilaterais, com a Argentina e o Uruguai, para facilitar o acesso a documentação da época das ditaduras militares no Cone Sul.
O acordo para intercâmbio de documentação para o esclarecimento de graves violações aos direitos humanos foi assinado pelo chanceler Luiz Alberto Figueiredo às margens da cúpula da Celac (Comunidade dos Estados Latinoamericanos e Caribenhos), em Havana e deve ajudar nos trabalhos da Comissão Nacional da Verdade.
No caso do Brasil, a ditadura se estendeu de 1964 a 1985. Durante esse período a Argentina ficou sob domínio militar de 1966 a 1973 e de 1976 a 1983. O Uruguai viveu uma ditadura de 1973 até 1985.
Em meados dos anos 70, militares dos três países criaram a Operação Condor –aliança para combater opositores no Cone Sul. Participavam também da operação as ditaduras do Chile (1973-1990) e Paraguai (1954-1989).
"A ideia é facilitar os trabalhos de recuperação da memória", disse Figueiredo. Segundo levantamento da historiadora Stella Calloni, há sete casos de argentinos desaparecidos no Brasil. Oposicionistas uruguaios também não estavam imunes. Dois deles, Universindo Díaz e Lilian Celiberti, foram sequestrados em 1978 no Rio Grande do Sul.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade