Beto Richa segue líder em disputa no Paraná, diz Datafolha
A disputa pelo governo do Paraná continua estável na reta final da campanha, aponta pesquisa Datafolha feita em parceria com a RPC TV (afiliada da TV Globo). Se a eleição fosse hoje, o atual governador, Beto Richa (PSDB), teria 44% dos votos, contra 30% de Roberto Requião (PMDB) e 10% de Gleisi Hoffmann (PT).
A pesquisa foi realizada nesta quarta (17) e quinta-feira (18) e tem margem de erro de três pontos percentuais, para mais ou para menos.
Em relação ao levantamento da semana passada do Datafolha, dos dias 8 e 9, Richa e Gleisi mantiveram os mesmos índices, e Requião oscilou para cima (de 28% para 30%).
Ogier Buchi (PRP) obteve 1%, e os demais candidatos não pontuaram. Brancos e nulos somaram 6% (eram 5%) e indecisos são 9% (ante 10% na semana passada).
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Na simulação de segundo turno, Richa venceria Requião com 15 pontos de frente (51% a 36%). Na semana passada, a diferença era de 20 pontos (53% a 33%).
O candidato do PMDB continua com o maior índice de rejeição: 25%, ante 20% de Gleisi e 18% de Richa.
CENÁRIO
Na última semana, Richa enfrentou duas rebeliões numa mesma penitenciária do Estado, e agentes anunciaram greve para o fim do mês. Requião e Gleisi aproveitaram os motins para acusar o tucano de má gestão.
Editoria de Arte/Folhapress |
O governador também anunciou que irá se licenciar do cargo no dia 29 –uma semana antes da eleição. Quer se dedicar apenas à campanha.
Requião, que quebrou a perna no final de agosto e se locomove com bota ortopédica desde então, diminuiu o ritmo de campanha.
Nesse período, faltou a uma sabatina do jornal "Gazeta do Povo", o maior do Paraná, que publicou perguntas sem as respostas no dia seguinte. Numa rede social, ele disse que o veículo é "um jornal sem leitores".
O peemedebista vem demonstrando cansaço a aliados, mas mantém a linha de críticas duras a Richa. Promete ainda diminuir a tarifa de luz e congelar a de água por quatro anos.
Na última semana, apelou à militância para "entrar no jogo político com todas as forças". "Está sendo uma batalha muito difícil", afirmou.
Tentando reagir, Gleisi intensificou as carreatas e viagens pelo interior do Estado, onde não é conhecida como em Curitiba. O diretor-geral de Itaipu, Jorge Samek, pediu férias para reforçar a campanha no oeste do Estado.
Até o candidato a vice, o médico Haroldo Ferreira (PDT), passou a ter agenda de campanha.
SENADO
O Datafolha também pesquisou as preferências para o Senado. O atual senador Alvaro Dias (PSDB) mantém a larga dianteira na disputa, com 59%. Ricardo Gomyde (PC do B) e Marcelo Almeida (PMDB) estão empatados no segundo lugar, com 6% cada.
Em relação ao levantamento da semana passada, Dias oscilou dois pontos para cima, enquanto Gomyde avançou um ponto e Almeida, dois.
Os demais candidatos somaram 3%. Brancos e nulos são 9% e indecisos, 18%.
Líder desde o início da corrida eleitoral, Dias passou a ser alvo direto das críticas dos adversários.
Na propaganda eleitoral da semana passada, o tucano apareceu com seu cachorro de estimação (um bichon frisé) no colo, chamado Hugo Henrique, ao defender o fim de testes de cosméticos e produtos de higiene em animais.
"Hugo Henrique não me representa. Aposenta, Alvaro", declararam eleitores no programa eleitoral de Gomyde.
Almeida começou a comparar Dias a José Sarney (PMDB-AP) e a Fernando Collor (PTB-AL). "Já passou da hora de aposentar a velha política", diz a propaganda.
O Datafolha ouviu 1.256 eleitores em 46 municípios do Estado. A pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral com os números PR-00035/2014 e BR-00665/2014.
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