Comissão aprova convite para Lula depor sobre 'incitação à violência'
Em uma votação relâmpago, a Comissão de Segurança Pública da Câmara aprovou nesta quarta-feira (11) um requerimento do deputado Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), filho do polêmico Jair Bolsonaro, que inclui um convite ao ex-presidente Lula para prestar depoimento à comissão sobre "incitação à violência".
O convite, porém, não torna a presença obrigatória –o que ocorreria apenas em caso de uma convocação. Por isso, e com a pressão sob Lula de diversas investigações da Polícia Federal, sua presença seria pouco provável.
Na justificativa, Eduardo Bolsonaro aponta que Lula incitou a violência ao dar as seguintes declarações em um evento sindical em fevereiro deste ano: "Eu quero paz e democracia, mas se eles não querem, nós sabemos brigar também" e "sobretudo quando João Pedro Stédile colocar o exército dele do nosso lado".
O requerimento pede a realização de uma audiência pública sobre discursos de ódio e incitação à violência "proferidos por lideranças políticas, acadêmicas e de movimentos sociais". Para falar do tema, pede o convite a Lula e também ao presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vagner Freitas de Moraes, e também a Mauro Luís Iasi, do PCB.
Procurado pela Folha, o líder do PT, Sibá Machado, classificou de "brincadeira" o convite a Lula e afirmou que ele "nunca aceitou a violência como método de fazer política".
"É comum na esquerda usar esses termos, 'vamos pro pau', 'vamos pra briga', mas nunca ligado à violência física. Isso é um showzinho à parte, se depender de mim, ele não vem", afirmou Sibá.
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