Promotor recorre de arquivamento de processo contra Doria
O Ministério Público Eleitoral recorreu, nesta segunda-feira (1), da decisão da Justiça de negar um pedido de abertura de apuração contra João Doria (PSDB), candidato a prefeito de São Paulo.
O promotor José Carlos Bonilha contesta o entendimento de que Doria não fez pedido explícito de votos, apesar de não ter dito literalmente "peço o seu voto", em um evento, em junho.
"Há nítida e inequívoca demonstração de candidatura, que contém apelo emotivo pelos votos da assistência. Há induvidosa solicitação de votos", argumentou o promotor no recurso.
O Ministério Público Eleitoral acusa o tucano de ter feito propaganda antecipada em jantar custeado pela Gocil, empresa de segurança associada ao Lide, grupo de líderes empresariais fundado pelo candidato, sobre a disputa na capital.
Bonilha apresentou como prova um vídeo que mostra Doria dizendo que, ao final dos quatro anos de sua futura gestão, não disputaria a reeleição, mas teria orgulho de dizer que teria "cumprido seus deveres".
Na época, ele era pré-candidato. No dia 24, foi oficializado em convenção, pelo PSDB, para disputar a Prefeitura de São Paulo.
A Justiça entendeu que Doria não fez pedido explícito de voto, portanto, não agiu em desacordo com a lei. Considerou, porém, lícita a prova apresentada pelo Ministério Público, o vídeo em questão, derrubando argumento da defesa do tucano de que a gravação não era autorizada.
A defesa do PSDB alega que o evento não teve conotação política.
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