Temer cogita nomear Beltrame para a secretaria de Segurança
Antonio Cruz - 16.set.2015/Agência Brasil | ||
O ex-secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame |
Com o agravamento dos conflitos e protestos no país, o presidente Michel Temer considera nomear para a Secretaria Nacional de Segurança Pública o ex-secretário estadual do Rio de Janeiro José Beltrame, do PMDB.
A avaliação é que, diante de ondas de violência no Espírito Santo e Rio, o peemedebista precisa fazer um aceno público rápido e nomear para a secretaria nacional um nome técnico e de prestígio. O Ministério da Justiça está sob o comando de um interino desde a saída de Alexandre de Moraes, indicado para uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal).
Assim, o presidente contemplaria a mudança no nome do Ministério da Justiça, que passou a se chamar também da Segurança Pública, ficando livre para escolher um político ou jurista para o controle da pasta.
O peemedebista pretende anunciar o novo ministro apenas após a aprovação de Moraes para o STF pelo Senado Federal, o que deve ocorrer em março. Já a nomeação na secretaria de Segurança deve sair logo, na tentativa de dar uma resposta à paralisação de policiais.
Beltrame chegou a ser cotado para o comando do Ministério da Justiça, mas o presidente busca um perfil com mais peso jurídico e que tenha mais apoio do PMDB, que tem se queixado de ocupar espaço subdimensionado na Esplanada dos Ministérios.
O ex-secretario do Rio de Janeiro é defendido para a secretaria nacional pela cúpula do governo federal e tem o apoio da bancada fluminense, a de maior peso no PMDB da Câmara dos Deputados.
Nesta sexta-feira (10), o presidente foi a São Paulo discutir a sucessão no Ministério da Justiça com amigos e aliados, incluindo o criminalista Antonio Mariz. Crítico da Operação Lava Jato, ele chegou a ser cotado para o cargo de ministro, mas o peemedebista recuou com receio de uma repercussão negativa junto à Polícia Federal.
Na tentativa de agradar o PMDB, Temer avalia o nome do deputado federal Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), que tem o apoio do partido na Câmara. A indicação, contudo, irritou a bancada do partido no Senado, que reivindica participação na escolha.
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