Presidente da Câmara diz que prisão de Henrique Eduardo Alves é 'triste'
Ueslei Marcelino/Reuters | ||
Rodrigo Maia, presidente da Câmara, considera que há excesso de prisões preventivas |
Após a prisão de Henrique Eduardo Alves, ex-presidente da Câmara, nesta terça-feira (6), o atual comandante da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que a situação é "triste" e criticou o que considera "um excesso de prisões preventivas".
"É triste. O Brasil tem vivido um momento difícil. Acho que tem tido um excesso de prisões preventivas. O [ex-]deputado Henrique Eduardo Alves tem endereço, não tinha nenhuma expectativa de sair do Brasil. Mas é uma decisão da Justiça que, claro, foi executada pela PF, e a gente precisa executar", disse Maia ao ser indagado por jornalistas sobre a prisão do ex-presidente da Câmara.
Henrique Eduardo Alves foi preso na manhã desta terça suspeito de ter recebido R$ 7,15 milhões em propinas, diretamente ou por meio do diretório Estadual do PMDB do Rio Grande do Norte.
Alves foi conduzido para a sede da Polícia Federal em Natal e deverá permanecer preso no Rio Grande do Norte, sob suspeita de ter cometido crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Segundo a investigação do Ministério Público Federal, o ex-deputado teria se beneficiado de contratos com empreiteiras. O principal deles é o da construção da Arena das Dunas, em Natal, pela OAS.
Há indícios de ação constante de Alves para dificultar a apuração de irregularidades nessa obra que teriam atrasado a apuração dos desvios.
Antes de Henrique Eduardo Alves, seu sucessor na presidência da Câmara, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), já havia sido preso, no âmbito da Operação Lava Jato.
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