Descrição de chapéu Eleições 2018

Adversários de Doria querem remarcar prévias

Tucanos articulam a anulação do evento e evitar vitória do prefeito

Thais Bilenky
São Paulo

Descontentes com o cronograma de prévias para definir o candidato do PSDB a governador de São Paulo, tucanos articulam a sua anulação e evitar vitória do prefeito João Doria.

Em conversas privadas, dirigentes partidários afirmam que o calendário não poderia ter sido determinado pela executiva, e sim pelo diretório. Eles pretendem reavaliar as datas na reunião do dia 5 de março.

Aliados de Doria reconhecem que a executiva não tem poder final sobre a decisão, mas dizem que o grupo que disputa com o prefeito não terá força suficiente para reverter a decisão.

Na segunda-feira (19), o PSDB decidiu realizar as prévias no dia 18 de março. Se houver segundo turno, ocorrerá no dia 25. 

O cronograma favoreceu Doria, que queria a definição do candidato antes do prazo de desincompatibilização, em 7 de abril. Assim, ele não precisará deixar o cargo na incerteza.

"É um absurdo alguém ficar um ano e três meses na prefeitura, passar um ano fazendo campanha para Presidência e três meses para governador. Deixar a prefeitura sem ter começado a governar a cidade. É inimaginável", criticou o ex-governador Alberto Goldman.

Aliados do prefeito trabalham com a hipótese de demover os demais candidatos a disputar prévias para que ele seja "consagrado" candidato ao governo.

Para isso, acionaram lideranças regionais para colher assinaturas de delegados em favor da candidatura. O objetivo é juntar o endosso de pelo menos 20% dos 3.600 delegados do PSDB do Estado e, com isso, inscrever Doria nas prévias sem que o prefeito tenha de se posicionar.

A tática, além de livrar o tucano de admitir a pretensão eleitoral imediatamente, visa a constranger os pré-candidatos. 

O cientista político Luiz Felipe d'Avila, José Aníbal, presidente do Instituto Teotônio Vilela, José Aníbal, e o secretário estadual Floriano Pesaro dizem que não desistirão. 

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