Descrição de chapéu Gilmar Mendes stf

Procuradores do RJ pedem impedimento de Gilmar em casos de investigado

Quando Orlando Diniz presidia Fecomércio, entidade patrocinou eventos de faculdade do ministro

Rio de Janeiro

Os procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio solicitaram à procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que seja pedido o impedimento do ministro Gilmar Mendes para analisar casos que envolvam o ex-presidente da Fecomércio, Orlando Diniz.

O empresário, preso em março na Operação Jabuti, foi beneficiado por um habeas corpus concedido pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) na última quinta-feira (31).

As investigações do MPF-RJ identificaram que a Fecomércio, quando presidida por Diniz, patrocinou eventos do Instituto Brasiliense de Direito Público, faculdade que tem o ministro como um dos sócios-fundadores.

Foi identificado na quebra de sigilo fiscal da entidade o pagamento de R$ 50 mil ao instituto, além de exposição de patrocínio em outros dois eventos. Num deles, Diniz e Mendes estiveram juntos no palco.

Este é o segundo pedido de suspeição feito pela Procuradoria federal do Rio contra Mendes.

O primeiro, em casos envolvendo o empresário Jacob Barata Filho, chegou a ser enviado pelo ex-procurador-geral Rodrigo Janot ao STF. Dodge, contudo, pediu a devolução da peça para analisar melhor o caso. Ela não se pronunciou sobre o assunto desde setembro do ano passado.

Diniz foi denunciado sob acusação de lavagem de dinheiro, corrupção e participação em organização criminosa com o ex-governador Sérgio Cabral (MDB). Entre as acusações está a contratação de funcionários fantasmas no Senac, Senai e Fecomércio a pedido do emedebista, que geraram um custo de R$ 3 milhões entre 2007 e 2014.
 

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