Contrariando a decisão da direção nacional do PSB, o candidato do partido em Minas, Márcio Lacerda, afirmou que mantém sua candidatura e pediu à militância que compareça à convenção estadual neste sábado (4).
"A direção nacional, para impedir a candidatura, precisa de uma resolução da executiva nacional, que são mais de 30 membros, eu inclusive faço parte. E não tem até agora nenhuma manifestação formal da direção nacional", disse.
“Refletindo hoje com meus companheiros decidi manter minha candidatura”, afirmou o ex-prefeito de Belo Horizonte, em mensagem gravada nesta quinta-feira (2) e enviada a integrantes de seu partido.
Nesta quarta (1º), o presidente do PSB, Carlos Siqueira, esteve em Belo Horizonte para comunicar a Lacerda a decisão do partido de retirar sua candidatura e determinar apoio à reeleição do governador Fernando Pimentel (PT).
Siqueira também ofereceu ao ex-prefeito a vaga de candidato a vice-governador na chapa do petista.
Irritado, Lacerda não aceitou a proposta e disse que recebeu a decisão do partido com "indignação, perplexidade, revolta e desprezo".
Para anunciar oficialmente a decisão, o socialista mineiro marcou uma entrevista à imprensa às 15h desta quinta.
A direção estadual do PSB e o diretório de Belo Horizonte também discordam da decisão nacional.
Lacerda afirmou ainda que pretende manter as alianças partidárias que já havia acertado. Além de PDT e Pros, o ex-prefeito caminhava para obter apoio de MDB, PV, PRB e DEM, o que lhe daria o maior tempo de TV.
"Estamos dialogando com partidos aliados para manter a disposição de fazer as alianças que foram negociadas e que serão submetidas a cada uma das convenções", disse.
Lacerda aparece em terceiro lugar nas pesquisas, atrás de Antonio Anastasia (PSDB) e de Pimentel (PT). Sua campanha via espaço para o crescimento de uma terceira via competitiva em Minas, estado polarizado entre petistas e tucanos.
O movimento do PSB faz parte de um acordo de apoio com o PT nos estados, que também retirou a candidatura de Marília Arraes (PT) em Pernambuco para favorecer a campanha do governador Paulo Câmara (PSB).
Marília disse que vai recorrer da ordem da direção do partido.
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