Descrição de chapéu Eleições 2018

Aliado de Alckmin deixa governo de SP para articular apoio na coligação de França

João Carlos de Souza Meirelles pediu licença até a eleição da secretaria estadual de Energia

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

Um dos aliados mais próximos de Geraldo Alckmin (PSDB), o secretário estadual de Energia e Mineração, João Carlos de Souza Meirelles, pediu licença do gestão Márcio França (PSB) para trabalhar na articulação da campanha do presidenciável tucano com a do atual governador, que disputa a reeleição. 

Seu pedido de afastamento estava previsto para ser publicado no Diário Oficial desta quinta-feira (13).

Segundo Meirelles, a ideia é fortalecer os dois palanques que apoiam a candidatura de Alckmin no estado que ele governou por 12 anos e, assim, ajudar a recuperar o eleitorado tucano no estado que migrou para Jair Bolsonaro (PSL). 

Hoje, França divide com João Doria (PSDB) o título de candidato governista em São Paulo. Desde o início do ano, ambos têm polarizado entre si, com ataques mútuos. 

O secretário estadual de Energia, João Carlos de Souza Meirelles, que deixa o governo para a campanha de Alckmin
O secretário estadual de Energia, João Carlos de Souza Meirelles, que deixa o governo para a campanha de Alckmin - Bruno Poletti - 24.jun.16/Folhapress

Pesquisa Datafolha divulgada na última sexta-feira (6) mostra Doria está tecnicamente empatado com Paulo Skaf (MDB). O tucano tem 25% das intenções de voto e o presidente licenciado da Fiesp, 23%. França registrou 8%.

Meirelles irá melhorar a interlocução não só com o entorno do pessebista, mas, sobretudo, com os partidos da coligação de Alckmin que estão regionalmente aliados ao atual governador, como o PTB, o PR e o Solidariedade.

As ações irão se concentrar, principalmente, em dar mais clareza do apoio ao tucano pelas campanhas de deputados estaduais, federais e senadores que integram essas duas alianças. 

Meirelles irá cuidar que os candidatos do PTB, PR e Solidariedade divulguem a candidatura de Alckmin e incluam o presidenciável em seu material de campanha, como filipetas, santinhos e inserções na propaganda eleitoral na TV.

O princípio da ação é que, se Alckmin tem dois palanques em São Paulo, ele deve ser duplamente apoiado, reforçando aos eleitores de França e de Doria qual é a chapa completa dos candidatos, com o apoio ao tucano na Presidência.

Pesquisas eleitorais apontam para um fenômeno que tem sido chamado pelo meio político paulista de voto "Bolsodoria", que denomina o eleitor do ex-prefeito paulistano que, hoje, diz votar no presidenciável do PSL e não no do PSDB.

Levantamento do Ibope divulgado na segunda-feira (10) mostra que Jair Bolsonaro lidera a preferência do eleitor paulista, com 23% das intenções de voto em São Paulo. Nessa mesma sondagem, Geraldo Alckmin registrou 18%.

Entre os que declararam voto em Doria, 32% responderam ao Ibope que escolherão Bolsonaro e 25%, Alckmin. Daí a necessidade de fortalecer o tucano em todos os flancos.

Cenas como o encontro de França com Alckmin em Santos, na segunda (10), não estão previstos. Na ocasião, o ex-governador disse: "Você é um grande homem, Márcio França. Parabéns". 

Na terça-feira (11), Doria participou de um comício com o presidenciável em Osasco. Alckmin afirmou que trabalharia em conjunto com o candidato ao governo. Gabriela Sá Pessoa

Erramos: o texto foi alterado

Diferentemente do informado em versão anterior do texto, o candidato Márcio França registrou 8% na pesquisa Datafolha de 6 de setembro, e não 4%

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.