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Bate-bocas e problemas com plateia marcam 2º debate de governadores em SP

Em uma hora e meia, João Doria (PSDB) e Márcio França (PSB) voltaram a trocar farpas

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São Paulo

Confusões na plateia e um novo bate-boca entre João Doria (PSDB) e Márcio França (PSB) deram o tom do segundo debate televisivo entre candidatos ao governo de São Paulo no segundo turno.

Em uma hora e meia, os candidatos criticaram nesta sexta (19), na TV Record, o uso de dinheiro público pelos seus adversários e voltaram a trocar farpas a respeito das suas personalidades.

Como no debate na TV Band nesta quinta-feira (18), França voltou a tentar colar a imagem de elitista e traidor em João Doria, enquanto o tucano chamava o adversário de comunista e carreirista do serviço público.

Debate da TV Record entre candidatos ao governo de São Paulo no segundo turno - Avener Prado/Folhapress

Ex-prefeito de São Paulo, Doria explorou mais uma vez a imagem do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), que diz apoiar. Já França, que é o governador de São Paulo desde abril, aposta na rejeição do seu adversário, que deixou a administração municipal após pouco mais de um ano para disputar o governo.

Na plateia, as claques dos dois lados vaiaram e interromperam os candidatos durante todo o debate. Chegaram a trocar gritos e, no final, um apoiador de França foi expulso do estúdio.

Em um dos momentos do debate, França insinuou que Doria aluga casa em Trancoso e não declara o dinheiro que recebe. Doria lamentou, disse que debate é troca de ideias, e que o "governador interino" não teria sucesso no setor privado, porque não vai bem no setor público. 

O tucano incitou a plateia chamando de "mimimi" as críticas feitas por França. O pessebista respondeu que Doria gosta de iniciativa privada, mas usa dinheiro público em seus projetos. Ele se lembrou da revista "Caviar Lifestyle", do grupo Doria, que, segundo França, teria recebido R$ 500 mil de recursos públicos para ser publicada.

Só após ser acusado de usar um helicóptero do governo para assistir filme em um shopping, França levantou o tema do dia: a busca e apreensão da Polícia Federal, a mando de um juiz eleitoral, no comitê de Doria no centro de São Paulo. 

Foram apreendidos adesivos e santinhos irregulares, com propaganda "BolsoDoria", sem CNPJ de campanha. Bolsonaro não apoia a candidatura de Doria oficialmente.

Segundo França, o material de campanha irregular apreendido no comitê foi feito "do jeitinho made in Doria, tudo escamoteado". O ex-prefeito de São Paulo não respondeu.

Por trás das câmeras, os seguranças alertaram diversas vezes a plateia para que não se manifestasse. Pouco adiantou. No último intervalo, foi solicitado que todos os aliados deixassem o estúdio.

Para evitar discussões, Doria pegou um microfone e pediu calma à sua claque. "Peço que acompanhem em silêncio a manifestação do Márcio França até o final", disse Doria.

Nesse momento, ele foi interrompido por um apoiador de França. "Aproveita que está com o microfone e fala sobre a ação da Policia Federal!", gritou o espectador.

Os apoiadores do tucano reagiram com protestos à segurança, que retirou o homem do estúdio. 

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