Descrição de chapéu Governo Bolsonaro

Após reunião, Temer diz ter convidado Bolsonaro para ir ao G-20

Presidente se comprometeu ainda a ajudar o eleito a aprovar projetos no Congresso ainda este ano

Talita Fernandes Natália Cancian
Brasília

O presidente Michel Temer afirmou nesta quarta-feira (7) ter convidado Jair Bolsonaro, presidente eleito, para viajar com ele para a reunião do G-20, no fim de novembro, na Argentina.

"Em um segundo ponto, convidei o presidente Bolsonaro, se ele puder, para fazer viagens comigo para o exterior, mencionei até a hipótese do G-20, que será no fim do mês. Não sei se ele poderá, mas disse a ele que quando ele queira podemos ir juntos ao exterior", afirmou.

 

Temer participará ao lado de chefes de Estado das 20 maiores economias em encontro entre os dias 30 de novembro e 1o de dezembro, em Buenos Aires.

Os dois tiveram um primeiro encontro no Palácio do Planalto em uma reunião que marcou o início oficial da transição.

O presidente disse ainda ter se disponibilizado a ajudar Bolsonaro a aprovar medidas de seu interesse no Congresso ainda este ano.

"Estamos dispostos a colaborar intensamente, não uma colaboração apenas formal, mas uma colaboração verdadeira. E até pedir à sua excelência presidente eleito que mandasse eventuais projetos que ainda estejam em andamento na Câmara e no Senado sobre os quais haja interesse de que ainda agora se possa aprová-los. Envidaremos todos os esforços para esta aprovação", afirmou.

Após o encontro que durou menos de uma hora, os dois fizeram um breve discurso pronunciamento em tom de agradecimento mútuo. Não foi aberto espaço para perguntas dos jornalistas.

Temer disse ainda que o encontro indica um momento “político-administrativo”.

"Com grande prazer o recebi [Bolsonaro] aqui e acho que isso significa aquele momento político-administrativo, não mais o momento político-eleitoral, em que havia controvérsias, mas o momento político-administrativo em que todos os brasileiros devem irmanar-se, unir-se e dar as mãos para a prosperidade do Brasil”

Bolsonaro, por sua vez, disse que seguirá em contato com Temer durante a transição e que o diálogo será mantido mesmo depois de assumir o cargo, em 1º de janeiro de 2019.

"O Brasil não pode se furtar do conhecimento daqueles que passaram pela Presidência e isso será útil a todos nós", afirmou o presidente eleito.

O Palácio do Planalto informou que Temer entregou a Bolsonaro três itens: o plano plurianual para os próximos 12 anos, as chaves do escritório de transição do CCBB (Centro Cultura Banco do Brasil) e um arquivo digital com todos os dados e governo.

Após o encontro, Bolsonaro foi direto ao CCBB, onde sua equipe trabalha no governo de transição. Ele deve permanecer em Brasília até quinta-feira (8), dia no qual realizará uma conversa com parlamentares para discutir projetos que podem ser votados ainda este ano no Congresso. 

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