O juiz federal Sergio Moro, que aceitou convite para comandar um superministério da Justiça e Segurança Pública, pediu para tirar as férias que tem acumuladas a partir desta segunda (5) e se afastar dos processos da Operação Lava Jato.
A medida, afirma Moro em ofício ao corregedor da Justiça Federal da 4ª Região (que engloba os estados do Sul), tem a intenção de evitar "controvérsias desnecessárias".
Ele diz que só deve pedir exoneração do cargo em janeiro, quando irá tomar posse no ministério.
"Pretendo tirar a partir da presente data as várias férias que acumulei durante o meu período de magistrado em decorrência das necessidades do serviço. As férias também permitirão que inicie as preparações para a transição de governo e para os planos para o ministério", afirma Moro.
Inicialmente, Moro pede férias até o próximo dia 21, mas ele diz que depois renovará a solicitação até o dia 19 de dezembro.
A juíza substituta da 13ª Vara de Curitiba, onde Moro atua, Gabriela Hardt, ficará com os processos que estão sob responsabilidade dele.
"Ela, profissional e muito competente, tem plenas condições de substituir-me na jurisdição", diz Moro.
Segundo Bolsonaro, Moro ficará responsável por uma pasta "turbinada", que além das estruturas da Justiça e Segurança Pública agregará parte do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), hoje subordinado ao Ministério da Fazenda.
O presidente eleito prometeu não fazer interferências nas atividades de combate à corrupção que serão tocadas pelo futuro ministro.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.