Bolsonaro é alvo de panelaço pelo 3º dia; cidades também têm aplausos a equipes de saúde

Novo protesto contra presidente atingiu janelas de prédios em SP e Rio; também houve homenagem a profissionais que atuam contra doença

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São Paulo

Pelo terceiro dia seguido, moradores de grandes cidades do país voltaram a protestar com um panelaço contra Jair Bolsonaro em meio às críticas à conduta do presidente na crise do coronavírus.

Também foi registrado em alguns lugares nesta quinta-feira (19) outro tipo de mobilização, com aplausos às equipes de saúde envolvidas no combate à doença.

Pelas redes sociais, também foi convocado um "aplausaço" para esta sexta-feira (20) em homenagem a profissionais de saúde que atuam na crise. Em alguns bairros de São Paulo e Recife, esse tipo de ação já ocorreu nesta quinta nas varandas de condomínios.

Já a bateção de panelas contra Bolsonaro voltou a ocorrer na capital paulista em bairros como Higienópolis, Campos Elíseos e Bela Vista, na região central, e nos Jardins, na zona oeste. Na Bela Vista, foi projetada em uma fachada mensagem contrária ao presidente. Manifestantes também buzinaram e gritaram pela saída do presidente.

Moradores do bairro da Santa Cecília, na região central de São Paulo, fazem panelaço contra o presidente e projetam mensagem em fachada nesta quinta (19)
Moradores do bairro da Santa Cecília, na região central de São Paulo, fazem panelaço contra o presidente e projetam mensagem em fachada nesta quinta (19) - Carlos Pupo/Folhapress

No Rio, o protesto contra o presidente ocorreu no bairro das Laranjeiras. O panelaço novamente foi convocado por redes sociais e aplicativos de mensagens.

Na quarta (18), a ação anti-Bolsonaro aconteceu em uma série de capitais em todas as regiões do país no início da noite. Às 21h, houve um panelaço em apoio ao governo, mais tímido. Esse ato a favor chegou a ser chancelado pelo próprio presidente durante entrevista coletiva com ministros, horas antes.

A reação do presidente diante da crise do coronavírus, que inclui a confraternização com apoiadores no último domingo (15), mesmo com o risco de propagação da doença, desperta críticas em diversas correntes políticas.

Ex-aliados, como Janaina Paschoal, deputada estadual em São Paulo pelo PSL, condenaram o comportamento do presidente na crise.

Na quinta, no pacote de medidas de resposta à crise sobre a economia, o governo incluiu a possibilidade de as empresas cortarem salário e a jornada dos empregados, iniciativa rejeitada por centrais sindicais.

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