Descrição de chapéu Eleições 2020

Mandato-tampão para o Senado tem disputa entre 11 candidatos em Mato Grosso

Vaga foi aberta com a cassação do mandato da Juíza Selma (Podemos-MT), condenada por abuso de poder econômico e captação ilícita de recursos durante a campanha de 2018

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Brasília

Quase um ano depois da decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que cassou o mandato da então senadora Juíza Selma (Podemos-MT), condenada por abuso de poder econômico e captação ilícita de recursos durante a campanha de 2018, o Senado está prestes a ter um novo titular para a vaga.

A eleição para a escolha do novo senador será em 15 de novembro, com o pleito para prefeitos e vereadores. Ao todo, 11 candidatos disputam o mandato, que se estende até 2027.

Como os suplentes da chapa da Juíza Selma, Gilberto Possamai e Clerie Fabiana Mendes, também foram cassados, o TSE determinou a realização de nova eleição em Mato Grosso.

Entre os candidatos, há dois ex-senadores —José Medeiros (Podemos), que é deputado federal, e Pedro Taques (Solidariedade)— e o atual detentor temporário do mandato, Carlos Fávaro (PSD).

Fávaro ocupa a vaga desde abril deste ano, quando a Mesa Diretora do Senado decidiu declarar, por quatro votos a um, a perda de mandato da Juíza Selma. Também disputam a cadeira na Casa ex-prefeitos, policiais, empresários e funcionários públicos.

Terceiro candidato ao Senado mais votado no estado em 2018, Fávaro ganhou a titularidade provisória, uma vez que o segundo colocado, senador Jayme Campos (DEM), já exerce o mandato desde fevereiro de 2019.

"Quero primeiro mostrar que o Brasil mudou. Todo mundo tem de cumprir regras, leis, não importa se é juiz ou ex-juiz. Quem não cumprir as regras será cassado, e essa eleição é a prova disso", disse o senador, que aposta na divulgação do seu trabalho de 180 dias na Casa para se manter no cargo.

Carlos Fávaro
O senador Carlos Fávaro, de MT - Carlos Fávaro no Twitter

Entre os temas que o vencedor da eleição terá de atuar, as reformas administrativas e tributárias são consideradas prioridades no Senado. Na esteira das reformas, a manutenção da estabilidade dos servidores públicos ganhou destaque na campanha. Os candidatos se esforçam para evitar atritos em relação ao tema.

"Neste momento, é importante que as reformas sejam aprovadas, mas não podemos mexer em direitos adquiridos. Defendo a estabilidade do servidor público", disse o ex-senador Pedro Taques.

Na segunda-feira (26), Taques teve a candidatura negada pelo TRE de Mato Grosso. Cabe recurso à decisão. Na disputa à eleição, Taques tem o apoio do Cidadania. No Senado, o partido integra o grupo de oposição ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Já o Solidariedade, seu partido, integra o centrão que sustenta Bolsonaro e não tem representantes na Casa. Taques disse acreditar que, caso seja eleito, não deverá enfrentar dificuldades com colegas da bancada do Cidadania.

"Tenho minhas opiniões que são defendidas pelo presidente Bolsonaro, mas no Senado votamos os interesses do estado e do Brasil", disse.

A posição é semelhante a de seu adversário, detentor atual da vaga. Integrante da base aliada de Bolsonaro, Fávaro usa de sua proximidade com o governo para tentar se manter no cargo.

"Criei um bom relacionamento dentro do governo Bolsonaro, tenho certeza de que isso pode ajudar o estado. O PSD tem um ministro com o governo, eu voto com o governo, isso é muito importante para ajudar o estado", disse.

Quem disputa a vaga

Veja quem são os 11 candidatos na eleição suplementar para o Senado em Mato Grosso

Carlos Fávaro (PSD)
Senador, é produtor rural, foi vice-governador de Mato Grosso entre 2015 e 2018. Tem o apoio de MDB, PP, PTB e PV

Coronel Fernanda (Patriota)
É Polícia Militar desde 1996. O Republicanos também apoia sua candidatura

Euclides Ribeiro (Avante)
É empresário e advogado. A coligação tem o apoio de PDT, PSB e PROS

Elizeu Nascimento (Democracia Cristã)
É sargento da PM de Mato Grosso e deputado estadual. A chapa tem o apoio do PSL

Feliciano Azuaga (Novo)
Azuaga é economista e professor na Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat)

José Medeiros (Podemos)
É deputado federal, e foi senador entre 2015 e 2018. Atuou na Polícia Rodoviária Federal (PRF)

Nilson Leitão (PSDB)
Foi prefeito de Sinop (2001-2008), deputado estadual (1999-2000) e federal (2011-2019). A chapa tem o apoio de DEM, PL e PTC

Pedro Taques (Solidariedade)
Foi senador (2011-2014) e governador do estado (2015-2018). Ex-procurador da República, tem o apoio do Cidadania

Procurador Mauro (PSOL)
É procurador da Fazenda Nacional e músico

Reinaldo Morais (PSC)
É empresário do ramo alimentício. Tem o apoio do PRTB

Valdir Barranco (PT)
Foi prefeito de Nova Bandeirantes (2005-2009) e é deputado federal desde 2015. Tem o apoio do PC do B

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