Morre Jorge Picciani, ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio

Ele estava internado no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, para tratamento de um câncer

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São Paulo | UOL

Morreu na madrugada desta sexta-feira (14) aos 66 anos Jorge Picciani, ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

Ele estava internado no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, para tratamento de um câncer.

Em contato com o UOL, o ex-deputado federal Leonardo Picciani (MDB-RJ) disse que o pai estava no hospital desde o dia 8 de abril deste ano e não resistiu às complicações do câncer de bexiga e no peritônio. Ele lutava contra a doença desde 2010.

Jorge Picciani, ex-presidente da Assembleia do Rio
Jorge Picciani, ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro - Octacílio Barbosa - 12.jul.2017/Alerj

Picciani cumpriu seis mandatos como deputado estadual no Rio de Janeiro. O deputado presidiu a Assembleia fluminense de 2003 a 2010, voltando ao posto em 2015.

Em 2017, ele foi preso durante a Operação Cadeia Velha, sob suspeita de favorecer empresas de ônibus e empreiteiras em aprovações no Legislativo estadual. A operação foi um desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro.

Ele também foi alvo da Operação Furna da Onça, sob suspeita de receber mesada do ex-governador Sérgio Cabral (MDB) para votar em favor dos interesses do Palácio Guanabara durante o segundo mandato do governador (2011-2014). Picciani sempre negou as acusações.

Em março de 2018, a Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) concordou com o pedido da defesa do ex-deputado e concedeu a ele prisão domiciliar por motivos de saúde. No ano seguinte, foi condenado pelo TRF-2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região) a 21 anos de reclusão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

A Assembleia decretou luto de três dias. "Como presidente da Alerj, Picciani liderou frentes de luta em defesa da transparência e implementou diversas mudanças na Casa em nome de uma gestão austera e mais eficiente", afirmou a Assembleia, em nota, lamentando a morte.

"É com pesar que recebo na manhã deste 14 de maio a notícia do falecimento do ex-presidente da @Alerj, Jorge Picciani. Neste momento doloroso, deixo aos familiares meus sentimentos e que encontrem em Deus a força necessária para superar a dor da perda", escreveu o governador do Rio, Claudio Castro (PSC), em uma rede social.

Durante a carreira política, Picciani ainda presidiu o diretório do então PMDB no Rio de Janeiro e assumiu, em 1993, a Secretaria Estadual de Esportes e Lazer durante o governo de Leonel Brizola.

Formado em contabilidade pela Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) e em estatística pela Escola Nacional de Estatística, Jorge Picciani também era pecuarista, presidindo o grupo Monte Verde, especializado em reprodução assistida de gado Nelore e GIR leiteiro.

Jorge era casado com Hortência Oliveira Picciani e teve outros três filhos além do ex-deputado federal Leonardo Picciani: Rafael Picciani —que foi deputado estadual e secretário de Transportes da Prefeitura do Rio—, Felipe e Arthur.

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