Bolsonaro é alvo de panelaços durante pronunciamento em rede nacional

Após manifestações de rua no sábado, protestos ocorrem em cidades como São Paulo e Rio

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São Paulo

Quatro dias após manifestações de rua pelo país, o presidente Jair Bolsonaro foi alvo de panelaços em diversas cidades do país, incluindo capitais como São Paulo e Rio, na noite desta quarta (2), durante pronunciamento em rede nacional de TV.

Na capital paulista, houve panelaço em bairros como Santa Cecília (região central), Perdizes (zona oeste), Tatuapé (zona leste), Santana (zona norte) e Saúde (zona sul).

Pelo Brasil, também foram registrados em capitais como Recife, Salvador, Porto Alegre e Belo Horizonte. Em Brasília, na Asa Norte, houve ainda gritos de "fora" e "genocida".

Esse tipo de protesto contra o presidente tem ocorrido desde março de 2020, quando foi declarada a pandemia do coronavírus, principalmente em ocasiões em que Bolsonaro faz declarações na TV.

A gestão da crise sanitária pelo governo e a demora na aquisição de vacinas contra a Covid-19 têm sido a principal motivação para os panelaços. Nesta quarta, o país atingiu a marca de 467 mil mortes pela doença.

Pesquisa do Datafolha, feita entre os dias 11 e 12 de maio, mostrou que Bolsonaro está com a sua mais baixa taxa de apoio no mandato —24%. Questionados sobre a corrida eleitoral de 2022, 54% dos entrevistados pelo instituto disseram que não votarão no atual presidente de jeito nenhum.

Na escuridão, moradores de edifício batem panela nas janelas
Panelaço na região de Perdizes, na zona oeste de São Paulo, na noite desta quarta-feira (2) - Mathilde Missioneiro/Folhapress

Bolsonaro tem sido pressionado também pela CPI da Covid, que apura falhas de sua administração na resposta à pandemia.

No último sábado (29), grupos de oposição, liderados por centrais sindicais e partidos de esquerda, decidiram ir às ruas, mesmo com o risco de disseminação da doença, para protestar contra o presidente. Houve manifestações em todas as capitais estaduais, e novos atos já estão sendo convocados para o dia 19 deste mês.

Nesta semana, o presidente voltou a provocar críticas da oposição ao articular a realização no Brasil da Copa América, que iria ser sediada pela Argentina e pela Colômbia nas próximas semanas.

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