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Moro chama de gafe verbal comentário de Kim sobre partido nazista

Presidenciável afirmou que deputado aliado cometeu erro brutal e que pediu desculpas

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Salvador

O pré-candidato a presidente Sergio Moro (Podemos) classificou os comentários de Kim Kataguiri (DEM-SP) contra a criminalização do nazismo na Alemanha, como erro brutal e gafe verbal.

"Ele tem um histórico como parlamentar. Não vamos apagar esse histórico porque ele cometeu esse erro brutal. Mas não reflete o que ele pensa, foi uma gafe verbal", afirmou Moro em entrevista a jornalistas da TV Meio Norte.

Sergio Moro e Kim Kataguiri - @Sergio Moro no Facebook

Sergio Moro ainda destacou que o deputado federal —que é um de seus principais aliados na corrida presidencial– pediu desculpas sobre os comentários. Disse ainda que não pode responder pela fala de outras pessoas e reafirmou que o nazismo deve ser repudiado.

"A questão do deputado Kim, isso tem que perguntar para ele. Ele já pediu desculpas. Eu acho que ele se equivocou profundamente em relação a essa fala e ele já pediu as escusas, pediu as desculpas a todas as pessoas, como tem que ser", disse o presidenciável.

Questionado por uma jornalista se Kataguiri havia cometido um crime ou uma gafe, Moro voltou a classificar o episódio como um erro brutal e disse que o nazismo é um crime abominável.

"Eu deixei muito claro minha posição a esse tema. Nazismo é um erro. É um erro não, é um crime abominável. É uma ofensa contra o povo judeu e à humanidade", disse.

A fala de Kataguiri aconteceu em entrevista ao Flow Podcast na segunda-feira (7). Na ocasião, o apresentador Monark defendeu o direito de existência de um partido nazista —ele acabou desligado do canal. A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) rebateu e questionou se Kim achava errado a Alemanha ter criminalizado o nazismo. O deputado respondeu que sim.

Diferentes grupos políticos na Câmara dos Deputados decidiram representar no Conselho de Ética contra o deputado.

Na quarta-feira (9), Kataguiri se desculpou por sua fala: "Eu errei. Eu disse algo que ofende a comunidade judaica. Que faz com que ela se sinta ameaçada", disse em uma transmissão na internet ao lado do deputado estadual Heni Ozi Cukier (Novo-SP).

Moro encerrou nesta quinta-feira (10) um périplo pelos estados do Ceará e Piauí. Esta é a segunda visita de Moro ao Nordeste neste ano. Em janeiro, ele esteve na Paraíba, onde iniciou sua articulação para a montagem de palanques e busca aliados para a sua campanha presidencial neste ano.

Entre seus aliados, estão parlamentares que se elegeram em 2018 na onda bolsonarista, mas romperam ou se afastaram o presidente Jair Bolsonaro (PL) ao longo da atual legislatura.

Na segunda-feira (7), ele lançou uma carta na qual defende a atual lei que restringe as situações em que o aborto é permitido e promete manter a imunidade tributária das igrejas.

O ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro (PL) fez críticas ao governo, comparando a uma biruta de aeroporto que muda de posição conforme o vento. Também foi alvo de um protesto solitário de um bolsonarista que o chamou de traidor e gritou o nome do presidente.

Moro voltou a mirar ex-presidente Lula (PT), seu potencial adversário nas eleições de outubro, e criticou o discurso do petista.

"Quando você ouve, por exemplo, o Lula, parece que dia 1º de janeiro de 2023 vai começar a chover picanha e jorrar cerveja da torneira [...] Olha, se chover picanha, só vai chover picanha se for na casa dos membros do PT, porque não vai chover picanha para a população", afirmou.

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