O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual mandatário, Jair Bolsonaro (PL), lideram a corrida eleitoral para a Presidência em 2022.
Abaixo, veja como os dois estão evoluindo nas intenções de voto espontâneas entre os brasileiros de diferentes faixas de renda, segundo as últimas pesquisas Datafolha —não é possível comparar as respostas estimuladas porque os pré-candidatos mudaram ao longo do tempo.
A rodada mais recente indica que, neste mês, Bolsonaro superou o rival entre os que ganham de cinco a dez salários mínimos. O atual presidente passou de 32% para 42% de maio para junho, enquanto o petista variou de 33% para 28%.
Nessa faixa, a diferença entre eles agora é de 14 pontos percentuais, ou seja, fora da margem de erro de 6,5 pontos.
Bolsonaro, porém, teve um recuo na vantagem sobre Lula na faixa acima de dez salários mínimos. Seus eleitores espontâneos oscilaram de 44% para 41%, à medida que o concorrente passou de 26% para 35%. A diferença entre eles, portanto, recuou de 18 para 6 pontos.
A margem de erro aqui é ainda maior (11,6 pontos), então a situação é de empate técnico tanto em maio como em junho.
Entre os mais pobres, que ganham até dois salários mínimos mensais, Lula continua tendo larga vantagem (43%, contra 16% de Bolsonaro). Mas na faixa seguinte, que ganha mais de dois a cinco salários mínimos, ambos empatam, com 32% e 31% respectivamente.
Para se ter ideia, 52% do total do eleitorado ganha até dois salários mínimos, 32% ganha de dois a cinco salários mínimos, 8% ganha de cinco a dez salários mínimos e 3% recebe acima disso, segundo o próprio Datafolha.
A última pesquisa foi feita com 2.556 eleitores acima dos 16 anos em 181 cidades de todo o país, nesta quarta (22) e quinta-feira (23). Ela foi contratada pela Folha e está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BR-09088/2022.
A margem de erro total é de dois pontos percentuais, para mais ou menos. Mas na segmentação por renda familiar mensal ela muda para: até dois salários mínimos (2,8 pontos), de dois a cinco salários (3,3 pontos), de cinco a dez salários (6,5 pontos) e acima de dez salários (11,6 pontos).
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