Descrição de chapéu Eleições 2022

Polícia ouve 8 testemunhas em Foz do Iguaçu e quer concluir investigação em uma semana

Petista Marcelo de Arruda foi morto a tiros por bolsonarista que invadiu sua festa de aniversário

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Foz do Iguaçu (PR)

A Polícia Civil do Paraná já ouviu oito pessoas para tentar descobrir a dinâmica do crime que terminou com a morte do militante petista Marcelo de Arruda por um bolsonarista em Foz do Iguaçu (PR).

A previsão é que o inquérito seja concluído até a próxima terça-feira (19).

A lista de pessoas ouvidas inclui testemunhas e familiares do autor do crime, o policial penal Jorge Guaranho, que teve a prisão preventiva decretada e está internado em estado grave. A mulher dele e a filha estiveram com ele pouco antes do ataque ao petista.

O ataque aconteceu no sábado (9), quando Marcelo comemorava seu aniversário de 50 anos, em uma festa com temática do PT. Testemunha dizem que o assassino entrou no local gritando palavras de ordem em defesa do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Familiares ao lado do caixão de Marcelo de Arruda, durante velório realizado em Foz do Iguaçu
Familiares ao lado do caixão de Marcelo de Arruda, durante velório realizado em Foz do Iguaçu - Paulo Lisboa-11.jul.22/Folhapress

A polícia trabalha em duas frentes no momento. De um lado, tenta estabelecer as motivações e circunstâncias do crime. De outro, apura agressões ao atirador quando ele já estava baleado e caído —ele foi atingido a tiros por Marcelo, que, mesmo ferido, revidou ao seu ataque.

Entre os pontos a serem esclarecidos, está o motivo de Jorge Guaranho ter passado pelo local do crime e como ele soube que havia uma festa com temática do PT por ali.

Por ora, não há nenhum indício de que Marcelo e Jorge se conheciam, mas a polícia apura este ponto também. A Polícia Científica também trabalha nos laudos do crime. Há a possibilidade ainda da realização de uma reconstituição.

Em relação ao laudo, a polícia quer saber qual a influência dos chutes recebidos pelo policial penal Jorge Guaranho, quando ele já estava ferido no chão, na situação de saúde em que se encontra hoje.

O autor dos disparos que mataram Marcelo foi transferido do Hospital de Foz do Iguaçu para o Hospital Ministro Cavalcante, na mesma cidade.

Segundo relatos, no dia do crime, Guaranho passou de carro em frente ao salão de festas dizendo "Aqui é Bolsonaro" e "Lula ladrão", além de proferir xingamentos. Ele saiu após uma rápida discussão e disse que retornaria.

De acordo com as testemunhas, Marcelo então foi ao seu carro e pegou uma arma para se defender. Jorge de fato retornou, invadiu o salão de festas e atirou em Marcelo. O petista, já ferido no chão, também baleou o bolsonarista. Uma câmera de segurança registrou o crime.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.