Datafolha: Lula tem 53% no 2º turno, ante 39% de Bolsonaro

Presidente oscila um ponto para cima em uma semana, marcando menor diferença até aqui do petista

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São Paulo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue à frente de Jair Bolsonaro (PL) na simulação de segundo turno aferida pelo Datafolha em sua mais recente pesquisa sobre a eleição de outubro. O petista marcou 53%, e o titular do Planalto, 39%.

Assim como na pesquisa da semana passada, essa é a menor distância nominal entre ambos desde maio de 2021, quando o instituto passou a fazer levantamentos que incluíam Lula, então liberado pela Justiça para disputar a eleição. Na aferição da semana passada, o ex-presidente tinha os mesmos 53%, e Bolsonaro, 38%.

Montagem com fotos de Lula e Bolsonaro durante participação em debate entre presidenciáveis, em São Paulo
Montagem com fotos de Lula e Bolsonaro durante participação em debate entre presidenciáveis, em São Paulo - Marlene Bergamo - 28.ago.22/Folhapress

Já a maior vantagem apontada para Lula ocorreu na rodada de dezembro passado, quando ele abriu o dobro de pontos do nível atual: 29 (59% a 30%).

O Datafolha ouviu 2.676 eleitores em 191 cidades, e os resultados têm uma margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. A pesquisa, contratada pela Folha e pela TV Globo, está registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número BR-07422/2022.

Disseram que não votarão em ninguém nesse cenário de segundo turno 7%, e 2% disseram não saber.

Esse levantamento, realizado na quinta (8) e nesta sexta (9), mediu o impacto das manifestações do 7 de Setembro, protagonizadas por Bolsonaro em Brasília e no Rio na quarta. Na avenida Paulista, 50 mil seguidores do presidente se reuniram sem a presença dele, segundo estimativa do governo estadual.

A chance de a eleição terminar em primeiro turno tem decaído ao longo da campanha. A subida recente de Ciro Gomes (PDT) e de Simone Tebet (MDB) na medição do Datafolha após o início do horário eleitoral dificultou a pretensão de Lula.

O petista tem 48% dos votos válidos, hoje insuficientes para matar a fatura na primeira rodada (50% mais um, na contagem sem brancos e nulos). Assim, tem buscado explicitamente apelar ao eleitorado dos candidatos abaixo de Bolsonaro, afirmando que "falta só um tiquinho" para ele alcançar o resultado.

Isso o indispôs ainda mais com Ciro, que já foi seu ministro e se recusou a apoiar Fernando Haddad (PT) contra Bolsonaro em 2018 por considerar que foi traído pelos petistas, que o sondaram acerca de uma aliança.

Agora, o pedetista diz que vai até o final da disputa e critica o que vê como salto alto da campanha do ex-presidente, gerando desconforto e indecisão sobre como tratá-lo nas hostes lulistas. Resta saber se o eleitor de Ciro seguirá firme —ele oscilou dois pontos para baixo em relação à semana passada.

Segundo o Datafolha, 48% dos 7% de eleitores de Ciro votariam em Lula num segundo turno com Bolsonaro, enquanto 26% apoiariam o atual presidente, e 22%, anulariam. Já no caso dos 5% que dizem votar em Tebet agora, 41% iriam com o petista, 22% com o presidente, e 33% não dariam apoio a ninguém.

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