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Moraes se reúne com representantes de redes sociais e fala em aprimorar combate às fake news

Presidente do TSE e plataformas fizeram balanço da atuação contra a desinformação nas redes a 11 dias das eleições

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Brasília

O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, recebeu nesta quarta-feira (19) representantes das principais plataformas de redes sociais.

No encontro, as empresas e o ministro teriam feito um balanço da atuação no combate às fake news. Ainda teriam dito que a ideia é aprimorar a atuação no segundo turno. Em nota, o TSE disse que Moraes pediu "total vigilância" das redes.

A 11 dias das eleições, o TSE e as empresas não firmaram novos acordos, segundo um dos presentes.

Participaram do encontro representantes do Google, Kwai, LinkedIn, Meta/WhatsApp, TikTok, Twitch, Twitter e Telegram.

Ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, fala durante reunião com representantes de plataformas digitais - LR Moreira/TSE

Segundo nota do TSE, Moraes agradeceu pelo trabalho das plataformas feito até agora, mas destacou que a propagação de notícias falsas cresceu no segundo turno.

"Nós avançamos muito no primeiro turno. Tivemos, graças ao apoio das plataformas e redes sociais, um primeiro turno bem dentro do razoável, talvez até melhor do que todos nós esperávamos", disse o ministro, de acordo com o tribunal.

"Mas estamos tendo um segundo turno piorando cada vez mais neste aspecto. E, isso, da parte do TSE vem demandando medidas mais duras", afirmou ainda Moraes.

O TSE disse que foram debatidas na reunião medidas "para aumentar a rapidez de retirada e combate à reprodução de conteúdos falsos idênticos". "Principalmente os ofensivos a candidatos que disputam o segundo turno para presidente da República, cuja temática já tenha sido objeto de decisões judiciais da Corte para a exclusão nas plataformas", apontou ainda o tribunal.

O TSE já mandou retirar dezenas de publicações com informações falsas das redes sociais.

O tribunal também firmou parcerias com as plataformas para divulgação de conteúdos verificados sobre as eleições. O WhatsApp, por exemplo, oferece um robô do TSE que responde dúvidas sobre as eleições.

As campanhas eleitorais, porém, têm se queixado de lentidão para retirada das fake news das redes sociais.

A coligação de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou a Moraes nesta semana que a Justiça Eleitoral está apenas "enxugando gelo" ao determinar a retirada de conteúdos das redes, e pediu para o TSE desarticular o que considera uma rede de fake news ligada ao presidente Jair Bolsonaro (PL).

No dia seguinte o corregedor-geral do TSE, Benedito Gonçalves, vetou o lançamento de um documentário da produtora Brasil Paralelo, desmonetizou páginas bolsonaristas até o segundo turno e intimou Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), vereador do Rio e filho do presidente.

Já a campanha de Bolsonaro pede ao tribunal para derrubar os perfis do deputado federal André Janones (Avante-MG), um dos articuladores da campanha de Lula nas redes sociais. Também requer a exclusão de publicações que associam Bolsonaro à pedofilia por causa da fala do próprio presidente de que "pintou um clima" entre ele e meninas venezuelanas.

Nesta quarta, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), reiterou que o resultado das eleições será respeitado.

"Temos aí um posicionamento de eleição no dia 30. Um país que polarizou as discussões com muita dureza. Rezo e peço para que o povo brasileiro decida o que quer para o país, como decidiu seu parlamento", disse, ao participar de reunião da bancada do União Brasil na Câmara dos Deputados.

"O recado virá. Nós estaremos aqui. Já pedi ontem na reunião de líderes que os líderes partidários venham Brasília no dia 30. Eu estarei aqui em Brasília no final da tarde, início da noite, no dia 30, para esperar o resultado das eleições", continuou. "O resultado das eleições feito por urna eletrônica será respeito pelo Congresso Nacional, pelas instituições brasileiras, pelos parlamentares e pelo povo. Não tenho dúvidas disso".

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