Quaest: Lula tem governo aprovado por 40% e reprovado por 20%

Para 76%, o petista está certo em tentar forçar a queda da taxa de juros definida pelo Banco Central

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São Paulo

O terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é avaliado como positivo por 40% dos entrevistados em pesquisa da Quaest. Após 45 dias de governo, a gestão petista é vista como regular por 24% e como negativa por 20%. Outros 16% não responderam ou não opinaram.

A pesquisa ouviu 2.016 pessoas da última sexta-feira (10) até a segunda (13) e tem margem de erro de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento é financiado pela corretora de investimentos digital Genial Investimentos, controlada pelo banco Genial.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante evento de programa voltado a catadores, no Palácio do Planalto - Pedro Ladeira/Folhapress

Na avaliação de 38%, o governo Lula não está nem melhor nem pior do que o esperado. Para 33%, está melhor do que o esperado, enquanto 18% opinam que está pior do que o esperado —11% não responderam ou não sabem.

A maioria (60%) acredita que o governo Lula será melhor do que foi o governo Jair Bolsonaro (PL), mas 27% afirmam que será pior —para 8% será igual e 5% não sabem ou não responderam.

Quando a comparação é em relação aos governos anteriores de Lula, o otimismo se mantém: 53% dizem crer que Lula 3 será melhor do que as outras gestões do petista; 25% dizem que será pior e 14% dizem que será igual.

Aprovam a forma como Lula se comporta como presidente 65% dos ouvidos pela pesquisa, enquanto 29% desaprovam. A pesquisa mostra que 55% afirmam que o presidente está buscando ser mais moderado com seus posicionamentos —34% dizem que ele tenta ser mais radical.

O levantamento mostra que 44% gostam de Lula, 29% não gostam nem desgostam e 25% não gostam do atual presidente. Os índices são piores para Bolsonaro: 43% não gostam dele, 31% não têm sentimento e 25% gostam dele.

O tema do novo governo mais lembrado entre os entrevistados é a ajuda aos yanomamis e a ação contra o garimpo, mencionado por 9%. A volta e o aumento do Bolsa Família vêm em segundo lugar, com 6%.

O principal problema do Brasil é a economia para 30%, empatado com questões sociais, com 29%. Em terceiro lugar vêm saúde e pandemia, com 11%.

O levantamento perguntou também se as pessoas ficaram sabendo do embate de Lula com o Banco Central a respeito da taxa de juros —67% responderam que não e 30% que sim. Para 76%, o petista está certo em tentar forçar a queda da taxa de juros —16% acham que não.

A respeito dos ataques às sedes dos três Poderes em 8 de janeiro, 94% desaprovam a ação e apenas 4% aprovam. Para 51%, Bolsonaro teve influência nas invasões (38% acham que não) —e Lula saiu mais forte para 72% (14% o veem mais fraco).

Uma parcela de 42% diz que os participantes da invasão representam os eleitores de Bolsonaro, ante 49% que discordam. Na avaliação de 54%, a intenção dos atos foi tirar Lula do poder à força, mas 40% enxergam apenas um protesto contra o governo.

A pesquisa Quaest perguntou ainda sobre a avaliação da primeira-dama Rosângela Silva, a Janja, que é tida como positiva para 41%, regular para 22% e negativa para 19%. O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) é visto como positivo por 32%, regular por 34% e negativo por 19%.

Imagem do STF é regular para 36%; negativa para 29% e positiva para 23%

O levantamento questionou ainda qual é a opinião dos brasileiros sobre o STF (Supremo Tribunal Federal), que tomou protagonismo nas ações contra os atos golpistas de apoiadores do ex-presidente, principalmente com os inquéritos sob responsabilidade do ministro Alexandre de Moraes.

Para 36% dos entrevistados, a imagem do STF é regular. Outros 29% a consideram negativa, e 23% a veem como positiva —12% não responderam ou não sabem.

Entre eleitores de Lula no segundo turno, 37% veem a imagem do STF como positiva; 41% como regular e 11% como negativa. Já para quem votou em Bolsonaro, a corte é considerada negativa por 58%; regular por 27% e positiva por 6%.

A maior parte dos entrevistados (48%) considera que o STF está, sim, fazendo um bom papel em defesa da democracia. Há 37% que dizem que não e outros 15% não sabem ou não responderam.

No universo daqueles que aprovam os ataques aos três Poderes do dia 8 de janeiro, 53% afirmam que o STF não está fazendo um bom papel em defesa da democracia e 38% afirmam que está. Entre aqueles que desaprovam as invasões, 49% dizem que o Supremo está fazendo um bom papel e 36% dizem que não.

No geral, 43% dizem que Moraes está exagerando nas decisões tomadas recentemente. Já 37% afirmam não haver exagero —20% não sabem ou não responderam.

Moraes, aliás, é conhecido por 81% dos entrevistados, enquanto 18% responderam que não o conhecem ou ouviram falar. Apenas 2% não sabem ou não responderam.

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