O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou de almoço neste sábado (17) com o candidato a novo ministro do Turismo, o deputado federal Celso Sabino (União Brasil-PA), que recebeu apoio público do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB).
Sabino é cotado para substituir a ministra indicada por Lula no início do seu mandato, Daniela Carneiro. Ele tem o apoio também do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que debateu o tema com o presidente da República em encontro na sexta (16).
No encontro, Sabino presenteou Lula e Barbalho com camisas do time paraense Remo e com os nomes dos políticos e números de seus partidos às cotas. O próprio deputado posou com uma camisa com seu nome e o 44 do União Brasil.
Participantes do encontro dizem que os dois conversaram, mas não longamente, e que o clima no restaurante indicava grande otimismo com a possibilidade de nomeação de Sabino ao cargo.
Em evento antes do almoço, o governador Helder Barbalho afirmou que "se o Pará tiver mais um ministro, não vamos achar ruim, porque fortalece o nosso estado. "Caso a sua decisão seja essa, o Celso representará todos nós", disse a Lula.
O evento que representou a assinatura de convênios para a realização da conferência para o clima COP30, da ONU (Organização das Nações Unidas), contou com presença da família Barbalho, do pai Jader, ex-senador, ao irmão de Helder, Jader Filho, hoje ministro das Cidades.
Logo depois, as autoridades presentes e o candidato a ministro do Turismo foram almoçar com Lula no restaurante Casa do Saulo, no complexo Casa das Onze Janelas, no centro histórico da capital paraense.
A indicação de Sabino pela União Brasil para o Ministério do Turismo significaria uma aproximação do governo com o centrão liderado por Lira, que cobiça também o Ministério da Saúde.
Responsável pela base de apoio ao governo de Jair Bolsonaro (PL), Lira tem dificultado a vida do governo no Congresso e feito declarações públicas criticando a articulação política do Executivo com os parlamentares.
O Palácio do Planalto ainda tenta convencer Daniela a pedir demissão da pasta do Turismo e, com isso, evitar desgaste do presidente Lula com aliados no Rio de Janeiro. Marido da ministra, o prefeito de Belford Roxo (RJ), Waguinho, apoiou o petista na campanha eleitoral.
Daniela, porém, tem dito a ministros que não tem a intenção de pedir demissão. O governo acredita que essa é uma forma de ela pressionar pela liberação de cargos e emendas que Waguinho tem pedido a ala política do Planalto como compensação pela troca no Ministério do Turismo.
Está na mesa a demanda por nomeações na Secretaria de Patrimônio da União (SPU) no Rio de Janeiro, além de cargos em hospitais federais no estado (que, por ora, estão com indicações do PT) e na Companhia Docas do Rio de Janeiro.
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