Cada dia vão aparecer mais coisas de Bolsonaro no 8/1, diz Lula sobre delação de Cid

Petista diz que o ex-presidente estava 'envolvido até os dentes' na tentativa de golpe de Estado do 8 de janeiro

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Nova Déli

O presidente Lula (PT) afirmou nesta segunda-feira (11) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava "envolvido até os dentes" em tentativa de golpe de Estado no 8 de janeiro deste ano.

Indagado sobre o fato de o tenente-coronel Mauro Cid, ex-auxiliar de Bolsonaro, ter fechado um acordo de delação premiada, Lula disse estar claro que Bolsonaro estava altamente comprometido.

"Cada dia vão aparecer mais coisas e vamos ter mais certeza de que havia perspectiva de golpe e o ex-presidente estava envolvido nisso até os dentes", disse o presidente brasileiro, em entrevista coletiva após sua participação na Cúpula do G20.

O presidente Lula fala durante entrevista coletiva em um hotel após a Cúpula do G20 - Anushree Fadnavis/Reuters

De acordo com Lula, o único momento em que Bolsonaro não estava pensando em uma tentativa de golpe "era quando estava preocupado em vender as joias", referindo-se às joias presenteadas pelos sauditas e que estão sob investigação.

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), homologou no sábado (9) o acordo de delação premiada do tenente-coronel. Com a decisão, Cid foi solto, mas passará a usar tornozeleira eletrônica. O teor dos relatos e provas que o militar pretende apresentar no acordo permanece sob sigilo.

A colaboração foi fechada no âmbito do inquérito das milícias digitais, que é a principal apuração contra Bolsonaro no STF e mira os ataques às instituições, a tentativa de golpe e o caso das joias, entre outros pontos.

Moraes também determinou o afastamento de Cid do cargo de oficial do Exército e mandou suspender o porte de arma do ex-auxiliar de Bolsonaro. Além disso, vetou o uso de redes sociais e o proibiu de sair do país. Também o obrigou a se apresentar à Justiça num prazo de 48 horas e, depois, comparecer semanalmente, às segundas-feiras.

Na decisão, o ministro afirmou que no atual momento das investigações não é mais necessário manter Cid preso. Ele estava desde 3 de maio sob custódia em uma unidade militar em Brasília.

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