Descrição de chapéu violência

PM prende dois suspeitos de agredir membros do MBL na Paulista

Homens portavam soco inglês e faca, segundo a polícia; movimento coletava assinaturas para criação de partido

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São Paulo

A Polícia Militar prendeu na tarde deste domingo (28) duas pessoas suspeitas de agressão a membros do MBL (Movimento Brasil Livre) na avenida Paulista.

Os membros do movimento Vinicius Marzo Almeida da Silva e Felipe Bezian Zeni, que coletavam voluntariamente assinaturas para a criação do partido Missão, foram agredidos por quatro homens no vão do Masp, onde costumam militar aos domingos.

A PM confirmou a prisão de dois deles, e outros dois teriam fugido. Disse que, durante patrulhamento, dois homens, de 22 e 27 anos, foram presos em flagrante sob suspeita de tentativa de homicídio.

Segundo boletim de ocorrência no 78º Distrito Policial, nos Jardins, os consultores Vinicius e Felipe foram agredidos com soco inglês. Um deles foi levado a um pronto-socorro para levar pontos na testa, e outro teve cortes na orelha.

Além do soco inglês, os policiais apreenderam uma faca, spray de pimenta e dois celulares.

Agressores tinham soco inglês, faca e spray de pimenta
Agressores tinham soco inglês, faca e spray de pimenta, segundo boletim de ocorrência - Reprodução

Segundo o relato do boletim, um dos agressores teria fingido que assinaria a filiação partidária. Logo depois, chamou os militantes de fascistas e deu início a agressões, com outros três homens. Os presos foram identificados como Victor Gabriel e Rogério Silva.

Segundo nota da Secretaria da Segurança Pública, o caso foi registrado como associação criminosa e tentativa de homicídio pelo 78º Distrito Policial, que requisitou perícia.

Em nota, o MBL afirmou que vai acionar o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para que a autoridade ajude na investigação.

Na rede social X (antigo Twitter), integrantes do MBL repercutiram o caso e afirmam que a ação foi premeditada diante das armas brancas com os agressores. "Há uma quadrilha querendo agredir e matar por razões políticas", afirma Renan Santos, coordenador nacional da organização.

Também circulam as fotos dos dois militantes, que aparecem ensanguentados nos rostos.

Os integrantes do movimento cobraram nas redes pronunciamento de autoridades a respeito —o deputado estadual Guto Zacarias (União Brasil-SP) citou o Ministério dos Direitos Humanos do governo Lula.

Desde novembro, o MBL busca assinaturas para criar um partido próprio. O grupo tem a meta de reunir 550 mil assinaturas válidas para entrar com o pedido de registro na Justiça Eleitoral. O objetivo é que o feito seja alcançado até a edição de 2024 do congresso anual do movimento.

Um de seus líderes, o deputado federal Kim Kataguiri, hoje na União Brasil-SP, lançou há duas semanas pré-candidatura à Prefeitura de São Paulo com críticas à gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) e falas direcionadas à periferia, público-alvo de outro adversário na disputa, o também deputado Guilherme Boulos (PSOL).

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