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Gilson Machado (PL) diz ser 'Bolsonaro do Nordeste' e cita comunismo no Recife em sabatina Folha/UOL

Ex-ministro do Turismo, pré-candidato pelo PL criticou atual prefeito João Campos (PSB) nas soluções para trânsito e enchentes

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Rio de Janeiro

O pré-candidato à Prefeitura do Recife Gilson Machado (PL) afirmou ser o "Bolsonaro do Nordeste", criticou o atual prefeito João Campos (PSB), a quem chamou de "prefeito de TikTok", e disse que a prefeitura da capital pernambucana tem uma gestão "comunista".

Machado disse que deixará ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a Michelle Bolsonaro a escolha para seu vice na chapa das eleições municipais. "Toda decisão importante da minha vida eu consulto Bolsonaro. Meu mentor político é ele e eu sou fiel."

Gilson Machado (PL) participa de sabatina Folha/UOL com pré-candidatos do Recife - Reprodução / Folha de S.Paulo no youtube/Reprodução/Folha de S.Paulo no Youtube

Em 2022, Machado disputou o Senado em Pernambuco, mas foi derrotado por Teresa Leitão (PT).

"Fui o nordestino mais votado da direita, mais de 1 milhão de votos. Depois do presidente Bolsonaro, a pessoa que teve mais votos foi Gilson Machado", afirmou o pré-candidato nesta terça-feira (2), em sabatina promovida pela Folha e o UOL.

"João Campos foi eleito com o voto da direita porque não tinha opção. Ou votava no mais comunista, ou no menos comunista", disse, citando o segundo turno de 2020 disputado contra Marília Arraes.

Machado rejeitou o rótulo de extrema direita —"a gente luta pelas liberdades"— e negou que o Brasil tenha sofrido uma tentativa de golpe de Estado com os atos de 8 de janeiro. "Eu nunca vi uma tentativa de golpe sem canhão, sem tanque de guerra".

Ex-presidente da Embratur de 2019 a 2020 e ex-ministro do Turismo até 2022, Machado afirmou que Recife convive com o "modelo socialista de governar" há 16 anos, com as gestões do PT e do PSB, mas garantiu que, caso eleito, não irá demitir ou perseguir servidores de esquerda.

"Na Embratur, todo mundo que era competente na minha gestão ficou, inclusive petistas. Nunca persegui ninguém por ideologia política, nem o presidente Bolsonaro [perseguiu]. Ele mesmo me orientou: troque o pneu com o carro andando, diminua a equipe o mínimo possível. Os cargos de confiança eu tive que trocar."

Nas eleições municipais de outubro o ex-ministro do Turismo deve reforçar antagonismo ao atual prefeito do Recife João Campos (PSB), que tem apoio do PT e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em busca da reeleição.

Durante a sabatina, o pré-candidato do PL criticou o trânsito, um dos principais gargalos do Recife. Machado afirmou que uma das soluções é investir no transporte fluvial através do rio Capibaribe.

"Não se acaba com o trânsito caótico de Recife do dia para a noite, mas dá para fazer ações. Alguns empregos podem ter mudança diferente de [horário] entrar e largar no serviço. Segundo: horário de colégio. Tem que ter uma estratégia para diminuir isso daí", disse Machado.

"Colocar os sinais para funcionar, porque estão dessincronizados. Melhorar o transporte público. Dar isenção de impostos para empresas que tenham capacidade de melhorar o transporte público com alternativas viáveis. Melhorar o metrô do Recife, que hoje não tem segurança, colocar ar-condicionado", afirmou Machado.

O metrô de Recife é operado pela CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos), empresa federal.

Machado também criticou as ações da prefeitura de Campos para diminuir os impactos causados pelas chuvas, como a criação de barreiras de contenção.

"Eu teria vergonha de ser prefeito depois de 12 anos do meu partido no poder e Recife está o caos que está. Não foi nada resolvido com as barreiras", disse o pré-candidato. "É inadmissível uma criança desenvolver crise de ansiedade quando está chovendo, moradores terem que sair de suas casas para casas de parentes."

Machado disse que vai reduzir a verba da prefeitura para o Carnaval do Recife, e afirmou que vai priorizar artistas locais nas apresentações, caso seja eleito. Disse não ter problema com nenhuma religião e durante a sabatina chegou a cantar uma canção que afirma ter aprendido com a empregada de sua bisavó.

SABATINAS

Machado participou nesta terça-feira do ciclo de entrevistas promovido por Folha e UOL. A série de sabatinas começou por Belo Horizonte, há duas semanas. Nas últimas semanas, os pré-candidatos de Salvador e Porto Alegre foram entrevistados. Ainda, haverá outras com concorrentes de mais 14 cidades.

A sabatina foi conduzida por Diego Sarza e teve a participação dos jornalistas Carlos Madeiro, do UOL, e José Matheus Santos, correspondente da Folha na capital pernambucana.

Gilson Machado é aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foi presidente da Embratur de 2019 até 2020, quando deixou o cargo para assumir o Ministério do Turismo, onde permaneceu até 2022, voltando à agência e lá ficando até 2023. É produtor rural e líder da banda Forró da Brucelose, da qual é sanfoneiro.

Além dele, outros dois postulantes foram convidados. Na quinta-feira (4), no mesmo horário, será a vez do prefeito João Campos (PSB). O ex-deputado federal Daniel Coelho (PSD) fecha o ciclo na cidade nesta sexta-feira (5).

Além disso, Folha e UOL promoverão debate com os principais candidatos à Prefeitura de São Paulo. O encontro no primeiro turno será em 30 de setembro, às 10h. Caso haja segundo turno, haverá outro em 21 de outubro, também às 10h.

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