Descrição de chapéu STF TSE Folhajus

'Descarado', 'não vai sobrar internet'; veja mensagens fora do rito entre assessores de Moraes

Juiz auxiliar de ministro e perito de corte eleitoral conversavam sobre pedidos informais de produção de relatórios

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Fabio Serapião Glenn Greenwald
Brasília

O gabinete de Alexandre de Moraes no STF (Supremo Tribunal Federal) ordenou por mensagens e de forma não oficial a produção de relatórios pela Justiça Eleitoral para embasar decisões do próprio ministro contra bolsonaristas no inquérito das fake news durante e após as eleições de 2022.

A imagem mostra Alexandre de Moraes, um homem careca, vestido com um terno escuro e uma gravata, sentado em uma mesa de tribunal. Ele tem uma expressão séria e está olhando para frente. Ao seu lado, há outro homem, também vestido formalmente, que parece estar em uma conversa. O fundo apresenta cadeiras de couro amarelo e um ambiente de tribunal.
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes em sessão no plenário da corte, em Brasília; ministro pedia relatórios para suas decisões informalmente - Pedro Ladeira/Folhapress

A Folha obteve o material com fontes que tiveram acesso a dados de um telefone que contém as mensagens, não decorrendo de interceptação ilegal ou acesso hacker.

Diálogos aos quais a reportagem teve acesso mostram como o setor de combate à desinformação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), presidido à época por Moraes, foi usado como um braço investigativo do gabinete do ministro no Supremo.

As mensagens revelam um fluxo fora do rito envolvendo os dois tribunais, tendo o órgão de combate à desinformação do TSE sido utilizado para investigar e abastecer um inquérito de outro tribunal, o STF, em assuntos relacionados ou não com a eleição daquele ano.

Veja alguns dos diálogos com ordens de forma não oficial para produzir relatórios que embasassem decisões de Moraes no Supremo:

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