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Cadeirada, assédio sexual e drogas; reveja momentos do debate na TV Cultura em SP

Encontro teve Marçal agredido com cadeira por Datena, além de acusações e pouca discussão de propostas

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São Paulo

Os candidatos à Prefeitura de São Paulo se enfrentaram em debate na TV Cultura na noite deste domingo (15). Participaram Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), Pablo Marçal (PRTB), Tabata Amaral (PSB), José Luiz Datena (PSDB) e Marina Helena (Novo).

O evento foi marcado por agressões físicas e verbais. O apresentador José Luiz Datena agrediu Pablo Marçal com uma cadeira após ser chamado de "arregão" pelo empresário e autodenomiado ex-coach.

Candidatos à Prefeitura de São Paulo participam de debate na TV Cultura, na capital paulista - Najda Kouchi - 15.set.24/TV Cultura

Datena foi expulso e Marçal foi levado ao hospital reclamando de dores. O debate seguiu com quatro participantes, que lamentaram o episódio.

Veja abaixo alguns trechos do encontro.

A cena mais marcante do debate foi a cadeirada de Datena em Pablo Marçal, após ser provocado pelo candidato do PRTB. Datena foi expulso. O debate seguiu sem ele e sem o ex-coach, que disse se sentir mal e foi levado para o hospital.

Na saída, Datena admitiu que errou, mas disse que pretende continuar na corrida.

"Me senti agredido, vi a figura da minha sogra [que morreu após a acusação de assédio]. Infelizmente, eu perdi a cabeça. Não devia ter perdido? Acredito que não, poderia ter simplesmente saído e ido embora para casa, teria sido melhor."

Pouco antes, Pablo Marçal (PRTB) havia citado denúncia de assédio sexual contra José Luiz Datena (PSDB). O tucano respondeu e disse que o caso foi arquivado pela Justiça.

Em 2019, Bruna Drews, então repórter do programa Brasil Urgente, disse ter sido assediada por Datena. Ela afirmou, na época, que o apresentador frequentemente fazia comentários sobre seu corpo, em tom sexual.

Após a repercussão do caso, na época, ela se retratou e protocolou uma declaração em cartório em que afirma ter mentido. Dias depois, afirmou nas redes ter sido induzida a se retratar.

Antes da agressão, o segundo bloco teve embate direto entre Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL), que perguntou ao prefeito sobre o ar condicionado quebrado no hospital do Campo Limpo.

Nunes tentou aproveitar uma proposta de Marçal para que Boulos comentasse, mas o deputado do PSOL reagiu dizendo que o prefeito era "confuso".

O emedebista, então, afirmou que Boulos tem vários artigos e vídeos defendendo a liberação das drogas –durante a campanha de 2018, o deputado federal do PSOL defendeu a descriminalização das drogas e a legalização da maconha. "Isso acaba com as famílias, é terrível para os nossos jovens", afirmou Nunes.

Ao responderem sobre temas específicos sorteados no primeiro bloco do debate da TV Cultura, os candidatos aproveitaram para criticar a gestão de Ricardo Nunes (MDB) em temas como segurança e mobilidade.

O próprio prefeito, que teve que responder sobre saúde pelo sorteio, ficou com uma pergunta indigesta sobre o cumprimento do aborto legal na cidade justamente no momento que sua campanha busca ganhar a confiança do eleitor evangélico.

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