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21/10/2010 - 15h19

Lula compara Serra ao goleiro Rojas e diz que agressão é 'mentira descarada'

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GRACILIANO ROCHA
ENVIADO ESPECIAL A RIO GRANDE (RS)

Atualizado às 17h23.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou de "farsa" e "mentira descarada" a alegação de agressão contra o candidato José Serra (PSDB) e afirmou que o presidenciável tucano deve pedir desculpas ao povo se tiver "um minuto de bom senso".

Citando notícias veiculadas pelas redes de TV Record e SBT, Lula disse que Serra protagonizou uma farsa ao dizer que foi agredido por militantes petistas no Rio de Janeiro.

O vídeo que mostra o presidenciável tucano sendo atingido por uma bola de papel, exibido pelo SBT, entretanto, corresponde a um momento anterior ao candidato ter sido atingido por um rolo de fita crepe (veja abaixo), já no final da caminhada que realizou no calçadão de Campo Grande, no Rio.

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"A mentira que foi produzida ontem pela equipe de publicidade do candidato José Serra é uma coisa vergonhosa. Ontem deveria ser conhecido como dia da farsa, dia da mentira", disse Lula, após inaugurar um estaleiro em Rio Grande (RS).

Veja vídeo

Lula também comparou Serra ao goleiro chileno Rojas, que fingiu ter sido atingido por um foguete no Maracanã, durante as eliminatórias para a Copa do Mundo de 1990.

"Primeiro bateu uma bola de papel na cabeça do candidato, ele nem deu toque para a bola, olhou para o chão e continuou andando. Vinte minutos depois esse cidadão recebe um telefonema, deve ser o diretor de produção dele que orientou que ele tinha que criar um factoide, deve ter lembrado do jogo do Chile com o Brasil", disse Lula.

O presidente disse que chegou a discutir com aliados políticos a necessidade de telefonar a Serra para se solidarizar pela agressão --mas desistiu da ideia, segundo ele, ao ver o noticiário dos canais de televisão.

"Espero que o candidato tenha um minuto de bom senso e peça desculpas ao povo brasileiro pela mentira descarada."

COMO OCORREU

O momento em que Serra é atingido por uma bolinha de papel, ontem no calçadão de Campo Grande (zona oeste do Rio), é anterior a hora em que ele coloca a mão na cabeça, indicando ter sido atingido por um rolo de adesivos.

Serra pôs as mãos na cabeça segundos antes de entrar na van correndo, sendo empurrado por seguranças e aliados de chapa.

Minutos após ao ataque, o deputado Fernando Gabeira (PV) e o pastor Paulo Cesar Ramos, da Assembleia de Deus, Poder e Glória, afirmaram terem visto Serra ter sido atingido por um rolo de adesivos.

A bolinha de papel atingiu a cabeça de Serra quando o candidato estava no meio do trajeto. Já estava ocorrendo o conflito entre militantes do PSDB e do PT.

Após entrar na van, na rua Viuva Dantas, no final do calçadão, o veículo andou por cerca de cem metros e parou. Serra desceu, tocando a cabeça como se ainda sentisse dor. Nesse momento, disse ter se sentido "meio grogue" e colocou um saco plástico com gelo na cabeça.

De lá, Serra seguiu para um hospital, onde foi submetido a uma tomografia. De acordo com médico Jacob Kliegerman, ex-secretário municipal de Saúde na gestão de Cesar Maia (DEM), o tucano foi atingido por um rolo de adesivos lançado a uma distância de dez metros. Ele disse ter recomendado ao candidato 24 horas de repouso.

Rafael Andrade/Folhapress
 

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