"São Paulo é uma mina de ouro", diz Mallu Magalhães
Mallu Magalhães, 19, trocou São Paulo pelo Rio de Janeiro. Casada com Marcelo Camelo, 34, a cantora agora vive no nobre bairro carioca Leblon, mas diz que sempre terá um carinho especial pelo bairro paulistano de Pinheiros, na zona oeste, onde morava. Ali, gravou o álbum "Pitanga", lançado no fim do ano passado --há duas semanas, estreou o clipe da música "Velha e Louca", primeiro single do CD.
Divulgação |
A cantora paulistana Mallu Magalhães, 19, que atualmente vive no Rio de Janeiro com o marido, Marcelo Camelo, 34 |
Nos 55 dias de produção do novo disco, Mallu conviveu com o senhor Cláudio Takara e sua família no tradicional Estúdio El Rocha, na rua Simão Álvares, em Pinheiros. A cantora assina todas as composições --ela tinha 44 músicas novas, das quais selecionou 12 para compor esse terceiro álbum, produzido pelo maridão.
"Pitanga" é uma homenagem à frutinha nativa da mata atlântica, que colore as árvores do bairro paulistano queridinho de Mallu. "Encontro inspiração no centro, na feira livre, no metrô. São Paulo é uma mina de ouro", diz. Confira a entrevista com a cantora.
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sãopaulo - Qual é a sua maior saudade de Pinheiros?
Mallu Magalhães - Além do Estúdio El Rocha, onde gravei meu terceiro disco, tenho muitos amigos na própria rua Simão Álvares. O bairro de Pinheiros é como uma cidadezinha do interior, mas com a movimentada rua Teodoro Sampaio no meio. E a feira da praça Benedito Calixto... a feira é o meu xodó existencial. Também adoro livrarias e sebos, onde passo boa parte do meu tempo.
O que é o melhor de São Paulo?
A funcionalidade. Em São Paulo, tudo é possível a qualquer hora, em qualquer dia. Isso dá uma sensação muito boa de liberdade e autonomia. São Paulo tem muitas possibilidades. Quando tenho um fim de semana livre na cidade, aproveito para ficar com minha família. Gosto de ir ao bairro do Bexiga, naquela feirinha de antiguidades, com a minha mãe. E de tomar um monte de café expresso com meu pai na padaria.
E o estilo frenético da capital paulista? É muito diferente do seu cotidiano no Rio?
Sou super caseira. E super diurna, praticamente uma velhinha! Não sei muito de baladas --costumo dançar na minha sala. Acordo antes do sol, fico em casa tocando violão, pintando, costurando e bordando. Às vezes resolvo sair por aí, andar a pé. Para mim, São Paulo é ótimo para isso também: é tão agitado que não há silêncio nem tédio para adoecer a cabeça.
Onde você encontra música boa em São Paulo? E onde você encontra inspiração para suas próprias canções?
São Paulo é uma mina de ouro! Basta um olhar atento --e o telefone de alguns amigos. A casa de amigos é um ótimo lugar para ouvir música boa. Já para as minhas canções, encontro inspiração no centro, na feira livre, no metrô, no Ceasa e na Liberdade.