O representante comercial Pedro Cesar Utsch de Leão, 62, sofreu um infarto que poderia ter sido evitado se o seu convênio médico à época tivesse liberado a realização de uma angiotomografia coronariana, exame que avalia a situação das artérias do coração. A seguir, leia o seu depoimento.
Estava correndo quando senti uma dorzinha no peito. Fui ao meu médico, ele falou: “Você é corredor há 30 anos, não pode ter isso”.
Então fiz uma cintilografia (analisa o fluxo sanguíneo no coração), não acusou nada.
Um ano depois, em 2016, tive a mesma dor, mais forte e demorada. Voltei lá. O cardiologista, então, pediu angiotomografia (avalia as artérias). Mas o plano recusou a solicitação. Aí, o doutor escreveu uma carta à mão na qual explicou por que eu precisava do exame. O convênio mandou uma carta maior ainda dizendo que não era necessário.
Precisei sair do plano em 2017, porque a mensalidade foi de R$ 1.480 a R$ 2.979. Comecei a procurar um mais em conta, mas não deu tempo.
Infartei no dia 17 de abril. Fui levado hospital ao Dante Pazzanese (estadual, especializado em cardiologia).Lá,falaram que o único jeito de saber se havia entupimento, no meu caso, era com a angiotomografia. O exame apontou obstruções na artéria esquerda: uma de 80% e outra de 60%. Então, coloquei um stent de 3,5 cm.
Você paga mensalidade por anos e, quando precisa do exame, eles te negam. Entrei com ação contra, o convênio, que propôs acordo para me pagar R$ 10 mil. Aceitei. Hoje, faço acompanhamento pelo SUS no Dante Pazzanese, onde sou muito bem tratado.
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