Pedagoga perdeu plano e não conseguiu ser atendida quando precisou do SUS

Após susto, Solange Giampietro decidiu cortar gastos para pagar novo convênio

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São Paulo

A pedagoga e psicóloga Solange Maria Aparecida Giampietro, 52, perdeu o plano de saúde depois de ter sido demitida há cerca de um ano e meio. Nesse período, precisou recorrer ao SUS uma vez, mas, após esperar por mais de três horas, não conseguiu ser atendida. Leia, a seguir, o seu depoimento.

Eu era coordenadora em uma escola, onde trabalhei por mais de 30 anos. Há um ano e meio, fui embora em um corte de pessoal.

Com isso, perdi o plano de saúde que atendia a mim e ao meu esposo. O que eu pagava era tranquilo, descontavam R$ 500 do meu salário.

Pesquisamos valores em diferentes seguradoras, mas, como a renda diminuiu, tivemos que ficar sem convênio. Quando você tem plano e o perde, sente na pele a dificuldade do acesso à saúde.

Tive que recorrer uma vez ao SUS. Passei muito mal, alta de pressão. Na AMA (Assistência Médica Ambulatorial), mediram minha pressão e me deram uma senha.

Esperei por mais de três horas sem atendimento. Fui ficando nervosa, não só pela demora, mas também por ver a situação das outras pessoas que aguardavam ali.

Meu filho estava comigo e, preocupado, me levou a um hospital particular que cobrava R$ 95 por consulta. 

Depois disso, conversei muito com o meu marido. Vi que era inviável ficar sem plano, a gente já passou dos 50. Ele, que é representante comercial, tem diabetes e pressão alta. Como está sem fazer exames, as dosagens dos remédios devem estar defasadas.

Decidimos cortar alguns gastos para conseguir pagar um convênio, que custa R$ 630 para nós dois. Estamos ainda no período de carência. 

Não é 100%, mas é uma segurança caso algo aconteça. 

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