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Preciso estar no LinkedIn? Como usar a rede a seu favor sem passar vergonha

Newsletter FolhaCarreiras explica relevância da plataforma para sua vida profissional e dá dicas para ter um perfil de destaque

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São Paulo

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O LinkedIn vive um bom momento. De 2022 a 2023, a rede social do mundo do trabalho recebeu 80 milhões de usuários e atingiu a marca de 950 milhões.

  • E o Brasil é o terceiro maior mercado no mundo, segundo dados divulgados em julho, com 67 milhões de usuários aqui, atrás dos 110 milhões na Índia e dos 206 milhões nos EUA.

Sim, mas...Enquanto cresce, a rede social acumula também quem a critique. Tem quem não goste da "positividade tóxica" e papos motivacionais. Outros sentem vergonha em compartilhar as próprias conquistas e momentos de apertos.

LinkedIn é o novo cartão de visita corporativo, afirma especialista - ( Foto: Chinnapong / adobe stock )

Afinal, é realmente necessário estar no LinkedIn? Para especialistas consultadas, sim.

(Mas calma! Mesmo se não for sua praia, dou um spoiler do que vem abaixo: é possível usar os recursos da rede social ao seu favor, sem desconforto.)

Por quê? "O LinkedIn é o novo cartão de visita corporativo", afirma Ana Paula Rodrigues, especialista e mentora de marca pessoal.

"É por ele que empresas, recrutadores e profissionais da mesma área acessam sua trajetória, habilidades, problemas que você resolve e forma de ver o mundo."

  • Na visão dela, o LinkedIn já é um substituto do currículo tradicional –e deve, no futuro, tirá-lo da jogada por completo.

A rede social também é um repositório de vagas. É através da plataforma que a maioria das empresas divulga posições abertas e conduz processos seletivos.

  • Além disso, permite que você faça conexões úteis para sua vida profissional.

Do ponto de vista do recrutamento, o LinkedIn também desempenha um papel importante.

Isabela Bueno, gerente sênior da Michael Page Brasil, diz que plataforma oferece uma base de dados para que empresas busquem candidatos com mais precisão: "Ao usar essa ferramenta, o recrutador pode afunilar a busca por profissionais através de filtros específicos".

  • Ou seja, se você não está no LinkedIn, você não vai aparecer nessa base de dados.

O que recrutadores olham no seu perfil?

  • Área de trabalho;
  • Cargo atual, com descrição das atividades;
  • Formação acadêmica;
  • Idiomas;
  • Certificações.

"É super importante que o profissional tenha um perfil muito completo. O LinkedIn representa o currículo que ele mandaria para qualquer vaga. Não é só uma rede social: é uma apresentação."

E as publicações? Elas ajudam a construir a imagem que o público tem de você. Mas, de acordo com Bueno, dificilmente candidatos são abordados só por causa das postagens.

  • Para recrutadores, a função do conteúdo no LinkedIn é te ajudar a criar uma rede de contatos. "Não é a quantidade de postagens, é a qualidade do networking."

Se você quer criar conteúdo lá, vale a dica de manter o decoro e evitar temas muito polêmicos.

  • "Eu brinco que não é só Deus que vê o que você faz no LinkedIn, é todo mundo, inclusive seu chefe. A plataforma também mostra para a sua rede todos os comentários que você faz em publicações alheias", lembra Ana Paula Rodrigues.

E se eu tenho vergonha? Sabe aquele meme "postei e sai correndo"? Então.

  • "Pode ser duro o que eu vou falar, mas você não é tão importante assim. As redes ajudam a construir sua imagem, mas todo conteúdo nelas é efêmero, de consumo rápido. Ninguém vai pensar tanto na sua publicação quanto você", diz Rodrigues.

Se eu não tiver uma conta no LinkedIn, posso me prejudicar? Não necessariamente.

No processo de seleção, por exemplo, o candidato não vai ser descartado por não ter um perfil lá. "Mas pode ser que o recrutador não te veja ou acesse outros candidatos primeiro", diz Bueno.

A dica é estar lá de forma passiva e caprichar no perfil.

"Você não precisa fazer conteúdo ou interagir com outras postagens se isso te deixa desconfortável", diz Maria Vitória Francisca, fundadora da A Estranhamente, empresa de produção de conteúdo com foco no LinkedIn.

  • Se esse for seu caso, vale só atualizar suas informações com frequência.

Mesmo nos bastidores, aproveite para construir um relacionamento com suas conexões de interesse.

  • "Você pode mandar uma mensagem direta ou enviar um convite com nota personalizada", diz ela.

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Maria Vitória Francisca, fundadora da A Estranhamente, empresa de produção de conteúdo para empresas com foco no LinkedIn
Maria Vitória Francisca, fundadora da A Estranhamente, empresa de produção de conteúdo para empresas com foco no LinkedIn - Arquivo pessoal

Que dicas daria para quem quer ter um perfil de destaque no LinkedIn?

  • Capriche nas fotos, tando a de perfil quanto a de capa. Não use imagens com iluminação e angulação ruins, e evite recortar uma foto em que você está com amigos. A primeira impressão conta muito e traz profissionalismo.
  • Preencha a descrição dos cargos com palavras-chave. É isso que vai te ajudar a ser notado por recrutadores.
  • Caso comece a produzir conteúdo, ative o Modo Criação. É uma funcionalidade que permite inserir hashtags específicas diretamente no seu perfil. Assim, o público bate o olho na sua página e já sabe sobre o que você fala ali.
  • Preencha os destaques com seu portfólio, trabalhos relevantes e projetos sociais. Mesmo que não produza conteúdo, vai mostrar seu trabalho para os recrutadores.
  • Dê atenção especial para o "Sobre". Use primeira pessoa e conte sua trajetória de forma resumida. As pessoas querem entender quem você é, o que você faz e de onde você veio.
  • Inserir competências ajuda a rankear melhor o seu perfil. Aposte em 35 habilidades suas que tenham relação com sua área e experiência profissional.
  • Pode parecer desnecessário, mas peça recomendações para chefes e colegas de trabalho. Isso fortalece sua marca pessoal.

O que evitar na hora de fazer uma publicação?
Todo e qualquer post que possa prejudicar a imagem da empresa para qual você trabalha. Evite fazer desabafos no LinkedIn, porque isso não transparece profissionalismo.

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