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Cristiane Gercina

A internet é a principal responsável por problemas de saúde mental em crianças e adolescentes? SIM

Regulação, educação tecnológica e consciência dos responsáveis são fundamentais

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São Paulo

A internet é hoje um dos principais motivos de adoecimento mental de crianças e adolescentes. E não apenas delas, mas de adultos também. Estudos têm comprovado o estrago que o excesso de telas e as redes sociais são capazes de causar em seres humanos em formação e, mesmo assim, nossa forma de lidar com a internet — necessária à vida moderna — ainda não é a mais correta.

Ilustração em vetor mostra uma mulher de perfil com cabelos pretos e longos e camiseta de manga comprida amarela segurando um telefone celular; da tela do celular saem elementos que representam sentimentos negativos e estressantes.
Uso excessivo de internet contribui para adoecimento mental de crianças e adolescentes - Rudzhan/Adobe Stock


Há quem duvide dos estragos da tecnologia no desenvolvimento infantil. Há pais que não aceitam o fato de que o exemplo começa em casa e, com isso, é necessário partir deles a diminuição do uso de telas. Há famílias cujas profissões giram em torno da internet, o que faz com que a maioria de seus membros estejam conectados a maior parte do tempo.

A pandemia agravou o quadro. Confinados, crianças e adolescentes foram obrigados a conviver com o mundo exterior por meio de telas, principalmente nas aulas remotas. E que bom que tivemos essa opção para preservarmos nossas vidas.

Mas, especialmente no Brasil, onde o prolongamento da crise sanitária foi maior e mais grave, com um governo negacionista, os estragos deixados em crianças e adolescentes privados do convívio social tendem a ser maiores. O que, infelizmente, já estamos percebendo.

Os ataques em escolas — intensificados em 2023 — não são novidade, mas têm sido cada vez mais orquestrados e amplificados por meio de redes sociais. É preciso regulação e letramento tecnológico. Necessitamos de uma legislação mais dura que puna quem espalha violência e medo e quem produz fake news.


Pais precisam ser responsáveis não só pelo que seus filhos consomem, mas especialmente pelo que eles próprios consomem. É gritante o número de adultos que espalham notícias falsas, resultado de uma sociedade que não lê, não se informa e, muitas vezes, nega a realidade.

Não é possível afastar o filho da internet, pois esta é uma ferramenta necessária nos dias de hoje. Mas há que se buscar amenizar os perigos, não apenas com monitoramento, mas com relacionamento. Pé na grama, raios de sol e olho no olho fazem bem a seres humanos de qualquer idade.

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