Conheça os copresidentes da agência Publicis, responsável por marcas campeãs do Top of Mind

Eduardo Lorenzi, 43
Copresidente da Publicis Brasil

Formação: publicidade e propaganda (ESPM), pós-graduação em administração e negócios (FGV) e MBA em administração e negócios criativos pela Berlin School of Creative Leadership
Prêmios: três leões em Cannes em 2017 (um ouro) Effies Brasil e Latam
Carreira: Iniciou na Talent há 22 anos. Na Neogama/BBH, trabalhou por dez anos, atuou como "Head of Planning Latam" e se tornou sócio da agência. Assumiu o comando da Publicis em 2017, após quase três anos como VP de Planejamento. Neste ano, tornou-se membro do Comitê de Ética do Conar (que regulamenta a publicidade )

Como a propaganda pode ajudar uma marca a não sair da cabeça do consumidor?
Como mensagem para uma grande massa de consumidores, a propaganda precisa estimular alguma emoção em nível mais amplo. Cada vez mais, as marcas estão buscando ser relevantes para cada pessoa. Isso significa falar de determinado assunto somente para quem se interessará por ele, no contexto/momento pertinente, com a abordagem adequada ou uma combinação inteligente e assertiva dessas três variáveis.

De que maneira a diversidade enriquecer uma campanha?
A realidade representativa de gênero e etnia deveria estar dentro das agências, pois é para essa população que elas direcionam as mensagens. As agências ainda empregam um quadro excessivamente masculino e branco. Na Publicis, 59% dos funcionários são mulheres, mas ainda temos que perseguir uma representação melhor da sociedade brasileira.

Qual a relevância da tradicional mídia de papel impresso?
Credibilidade, apuração da verdade e critério profissional do que merece ser publicado. Recebemos uma infinidade de informações pelas redes sociais, mas é por meio da curadoria de títulos sólidos que confirmamos se uma história é verdadeira. Para que a comunicação comercial seja fortalecida, também é fundamental que ela venha associada a conteúdos editoriais confiáveis.

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Miriam Shirley, 53
Copresidente da Publicis Brasil

Formação: comunicação social (FAAP); MBA em Business Processo (FGV)
Prêmios: Mídia do Ano, Caboré 2017
Carreira: Com cerca de 20 anos de experiência nacional e internacional, assumiu a copresidente da Publicis, em 2017, depois de atuar por três anos como VP de mídia da agência. Por oito anos, foi diretora-geral de Mídia da Ogilvy, atuou por seis anos como diretora-geral e VP sênior da Starcom Worldwide, no México, e passou pela Leo Burnett Chicago e Leo Burnett Brasil

*Como a propaganda pode ajudar uma marca a não sair da cabeça do consumidor
Ela aproxima as marcas das pessoas. É um importante canal de comunicação entre esses dois lados e, quando bem utilizada, contribui para que produtos e serviços façam parte da vida do consumidor. Quanto mais natural é essa relação, maior é a lembrança da marca pelo consumidor.

De que maneira a diversidade enriquece uma campanha?
Precisamos lembrar que o Brasil tem um histórico machista. E o mercado publicitário durante anos refletiu, e provavelmente até acentuou, essas características. A Publicis e outras agências estão tentando romper com esses preconceitos, perpetuados ao longo de décadas, por meio de uma série de ações afirmativas. É uma questão de responsabilidade social e também uma necessidade do próprio negócio. A publicidade precisa ter várias vozes para falar com um público diverso.

Qual a relevância da tradicional mídia de papel impresso?
A mídia impressa construiu a sua reputação sobre princípios éticos inquestionáveis: transparência, isenção, apuração criteriosa dos fatos. Em um mundo onde todos falam, é importante recorrer a esse meio a fim de construir a sua própria visão sobre os fatos. E as marcas sabem que se associar a veículos que oferecem credibilidade, como a mídia impressa, tem um valor inestimável.

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