Samsung conquista bicampeonato impulsionada por consumidores jovens, escolarizados e ricos

Estreia de 2017, a categoria Inovação da Folha Top of Mind já tem uma marca bicampeã: a Samsung, que manteve neste ano os mesmos 7% de citações conquistados no ano passado.

É uma boa notícia para a fabricante sul-coreana, que se consolida numa seara em que enfrenta o peso da Apple, empresa frequentemente apontada como uma das mais inovadoras do mundo.

A inventora do iPhone também repetiu o índice de 2017: 4%. Considerando-se a margem de erro da pesquisa Datafolha -dois pontos percentuais para mais ou para menos- o desempate ocorreu na aferição de "awareness" (13% a 7% para a Samsung).

De acordo com o estudo, a vencedora sobressai entre os mais ricos (12%).

Tal consistência não é tarefa fácil para nenhuma das duas empresas: já se vai mais de uma década desde que o primeiro iPhone (2007) foi lançado e é preciso ir além de incrementos nos processadores, telas e câmeras desses dispositivos para receber o troféu da inovação.

Desde que lançou a linha Galaxy S6 em 2015, primeira a fazer frente à Apple no estado da arte dos celulares, a Samsung incluiu em seu portfólio relógios inteligentes, óculos de realidade virtual, câmera 360º e, como tem mostrado nas últimas feiras internacionais de tecnologia, aparelhos de linha branca -geladeiras, máquinas de lavar com inteligência embarcada.

Arte Folha

A tecnologia, no entanto, não é a única fronteira da inovação para a marca sul-coreana de 80 anos. "Inovar acontece em dois grandes âmbitos: o da própria tecnologia e também o do consumidor, diz Loredana Sarcinella, diretora sênior de marketing de dispositivos móveis da Samsung.

"O celular se consolidou como um aparelho indispensável. Nele temos toda a nossa vida: cartões de crédito, agendas, fotos. Quando percebemos que, por exemplo, o mercado de games cresce ano a ano em outros dispositivos, queremos trazer essa tendência para a plataforma que é hoje a extensão das nossas mãos."

Para a executiva, é fundamental que se entendam esses movimentos dos consumidores que, segundo ela, antecipam a vinda de inovações técnicas.

"Nós fizemos um investimento grande em câmeras com slow motion e emojis, percebendo, por meio de pesquisas, o comportamento dos usuários nas redes sociais, que é divertido e despojado", ela explica.

"Há quantos anos já nos comunicamos por meio de ícones? São entendimentos como esse que podem produzir inovações."

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