Descrição de chapéu Viaja SP

Cidades históricas de Minas Gerais formam a meca do período colonial

Lugares como Ouro Preto, São João del-Rei e Tiradentes abrigam relíquias da arte e da arquitetura daquela época

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São Paulo

Com um circuito cheio de igrejas centenárias, casarões e museus, cidades antigas de Minas Gerais motivam paulistanos a viajar. Não à toa, o estado foi escolhido o melhor destino histórico no Brasil, de acordo com pesquisa do Datafolha, com 26%.

Em Ouro Preto, a 100 km de Belo Horizonte, a história aparece já nas ruas de pedra, planejadas para cavalos e charretes, e nos prédios —a cidade mineira, aliás, ficou em segundo lugar na pesquisa, com 17%.

A imagem captura a fachada de uma igreja barroca, com suas duas torres ornamentadas e simétricas sob um céu azul claro. A arquitetura detalhada contrasta com a simplicidade das montanhas ao fundo, enquanto uma praça de pedras completa o ambiente
Fachada da Igreja São Francisco de Assis, projetada e ornamentada pelo escultor Antônio Francisco Lisboa, mais conhecido como Aleijadinho, na cidade histórica de Ouro Preto (MG) - Alexandre Rezende/Folhapress

Na rua Conde de Bobadela, por exemplo, morava a aristocracia local no século 18. A via foi nomeada em homenagem a António Gomes Freire de Andrade, governador da capitania do Rio de Janeiro. Hoje a ladeira abriga cafés, restaurantes e lojas que refletem a arquitetura da época e a pompa dos antigos inquilinos.

A cem metros dali, outra parte dos acontecimentos da cidade está guardada no Museu da Inconfidência. Espaço com entrada gratuita e acervo com mais de 4.000 peças de arte, materiais de construção e documentos, a instituição recupera o papel que Ouro Preto desempenhou na revolta contra a coroa portuguesa.

Igrejas também guardam lembranças da colonização da cidade, como a de São Francisco de Assis. O prédio, uma das maiores realizações de Aleijadinho, começou a ser construído no século 18, mais precisamente em 1766. É um exemplar da arquitetura barroca com portas, púlpitos e lavatórios esculpidos em pedra-sabão.

Mais ao sul do estado, outra cidade que compõe o roteiro histórico é São João del-Rei. Lá, outra igreja, também dedicada a são Francisco de Assis, carrega um passado de respeito. O lugar foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Aleijadinho fez o projeto original, que foi modificado pelo mestre de obras que assumiu a construção. Apesar das alterações, a igreja manteve o estilo da época, com esculturas e detalhes dourados.

Além do edifício sacro, São João del-Rei oferece um passeio de trem para a cidade vizinha, Tiradentes. A viagem leva em torno de 50 minutos, feita por uma Maria Fumaça que percorre 12 km às margens da bucólica serra de São José.

A linha férrea foi inaugurada em 1881 por dom Pedro 2º. O trecho de ida e volta sai por R$ 172; e a passagem pode ser comprada pela internet.

Uma vez em Tiradentes, uma das primeiras cidadelas construídas no alto do ciclo do ouro de Minas Gerais, uma caminhada pelas ruas do centro histórico é indispensável. E nem demora tanto —a cidade tem só 83 km² de extensão.

Na praça das Mercês, o Instituto Mário Mendonça, espaço mantido pelo artista plástico homônimo, merece uma visita. Fica aberto de terça a sábado, das 9h às 17h, com entrada gratuita, e precisa de agendamento prévio na Secretaria de Cultura e Turismo da cidade.

O lugar reúne cerca de mil obras do acervo pessoal colecionado por Mendonça, incluindo nomes de peso, como os dos mestres Auguste Rodin, Salvador Dalí, Pablo Picasso, Edgar Degas, Tarsila do Amaral e Di Cavalcanti.

Ainda há outros roteiros similares, que podem passar por cidades como Congonhas do Campo ou Mariana. Não falta história no período colonial do Brasil.

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