Não é interesse das plataformas censurar conteúdo, diz Ronaldo Lemos

Série Eleições na Internet entrevista o cofundador do Instituto de Tecnologia e Sociedade

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São Paulo

É possível moderar conteúdos sem violar a liberdade de expressão? Esse dilema atormenta as plataformas há anos e, apesar de alguns avanços, as redes sociais ainda vivem "a era das experimentações", segundo Ronaldo Lemos, cofundador do ITS (Instituto de Tecnologia e Sociedade) e colunista da Folha.

"Não é do interesse das plataformas censurar, nem reduzir o número de conteúdo. As plataformas vivem de conteúdo viral, vivem de capturar a atenção das pessoas para poder vender anúncio", lembra, no quarto episódio da série Eleições na Internet, publicado nesta terça (11).

Para ele, o controle por parte das plataformas avançou muito, se comparado às ações realizadas em 2014, ou 2016, por exemplo, quando postagens ofensivas, com conteúdos preconceituosos, pornográficos ou difundidos por robôs viralizavam com frequência para milhões de usuários.

Parte das mudanças é creditada à pressão de grupos de defesa dos direitos humanos, sociedade civil organizada, agências reguladoras e imprensa.

"A gente não pode confundir liberdade de expressão com direito de viralização", afirma. "As pessoas permanecem livres para falar o que é lícito. Mas hoje moderação de conteúdo estabelece o mínimo, observância dos termos de uso das plataformas e das regulações de direitos humanos."

Apresentada pela repórter especial Patrícia Campos Mello, a série Eleições na Internet é publicada semanalmente, às terças-feiras, e conta com a participação de Carlos Affonso Souza, diretor do ITS (Instituto de Tecnologia e Sociedade).

O projeto é uma parceria da Folha com o ITS (Instituto de Tecnologia e Sociedade) com apoio do YouTube. Os episódios também estão disponíveis nos principais tocadores de podcast.

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