Taxa de homicídios no Brasil cresceu 41% desde 1992, aponta IBGE
A taxa de homicídios no Brasil cresceu 41% em 17 anos, de 1992 a 2009, de acordo com a pesquisa IDS 2012 (Indicadores de Desenvolvimento Sustentável) divulgada nesta segunda-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em 2009, ano dos dados mais recentes disponíveis, a média de assassinatos no país foi de 27,1 mortes para cada 100 mil habitantes, enquanto em 1992 o índice foi de 19,2.
Entre os Estados, Alagoas (59,3), Espírito Santo (56,9) e Pernambuco (44,9) atingiram os maiores índices de mortes. As menores taxas foram registradas no Piauí (12,4), Santa Catarina (13,4) e São Paulo (15,8).
Na comparação com a última edição da pesquisa, que trouxe dados de 2007, os Estados que tiveram os maiores crescimentos nos assassinatos foram Bahia e Paraíba, com 42%. Entre os dois anos, apenas três Estados registraram queda: Rio de Janeiro (19%), Pernambuco (15%) e Minas Gerais (11%).
Os valores relativos aos homens são mais de dez vezes maiores aos das mulheres. Considerando apenas vítimas do sexo masculino, o índice de assassinatos foi de 50,7 por 100 mil habitantes em 2009. Já considerando apenas mulheres, o índice cai para 4,4.
Segundo o IBGE, as mortes por homicídios afetam a esperança de vida, que se reduz devido às mortes prematuras, sobretudo, de homens jovens.
Taxa de homicídios por 100 mil habitantes | |||
---|---|---|---|
UF | 2007 | 2009 | Diferença |
Bahia | 26,0 | 37,0 | 42% |
Paraíba | 23,6 | 33,5 | 42% |
Tocantins | 16,5 | 22,4 | 36% |
Rio Grande do Norte | 19,1 | 25,5 | 33% |
Pará | 30,3 | 40,1 | 32% |
Rondônia | 27,2 | 35,7 | 31% |
Santa Catarina | 10,4 | 13,4 | 29% |
Amazonas | 21,1 | 27,0 | 28% |
Sergipe | 25,7 | 32,3 | 26% |
Goiás | 26,0 | 32,0 | 23% |
Maranhão | 18,0 | 22,0 | 22% |
Paraná | 29,5 | 34,5 | 17% |
Distrito Federal | 29,2 | 33,8 | 16% |
Acre | 19,5 | 22,1 | 14% |
Amapá | 27,0 | 30,3 | 12% |
Mato Grosso | 30,5 | 33,3 | 9% |
Ceará | 23,2 | 25,3 | 9% |
Espírito Santo | 53,3 | 56,9 | 7% |
Rio Grande do Sul | 19,8 | 20,5 | 4% |
São Paulo | 15,4 | 15,8 | 3% |
Mato Grosso do Sul | 30,4 | 30,7 | 1% |
Roraima | 27,9 | 28,0 | 0% |
Alagoas | 59,5 | 59,3 | 0% |
Piauí | 12,4 | 12,2 | -1% |
Minas Gerais | 20,9 | 18,7 | -11% |
Pernambuco | 53,0 | 44,9 | -15% |
Rio de Janeiro | 41,5 | 33,4 | -19% |
Fonte: Ministério da Saúde, Sistema de Informações sobre Mortalidade |
ACIDENTES
Segundo a pesquisa, o coeficiente de mortalidade por acidentes de transporte se mantêm elevado desde 1992.
São considerados no cálculo acidentes de transporte terrestres, aquáticos e aéreos, abrangendo motoristas, pedestres, ciclistas, motociclistas e os ocupantes de veículos.
Em 2009, houve redução no índice, que passou para 20,1 óbitos por 100 mil habitantes, sendo os óbitos masculinos aproximadamente quatro vezes superiores ao das mulheres. Em 1992, o índice era de 18,3.
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