Uso de arma de choque contra viciados é abominável, diz professor
Para Dartiu Xavier da Silveira, diretor do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da Unifesp, usar armas como taser contra usuários de drogas é "abominável".
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A distribuição desses dispositivos é uma das ações previstas no programa "Crack, é possível vencer", do Ministério da Justiça. A orientação para o uso de armas de choque, chamadas de taser, é da Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública), ligada ao ministério.
Até agora, 12 Estados estão no programa federal, totalizando R$ 62 milhões em recursos. O Rio recebeu mais recursos: R$ 9 milhões. O próximo a aderir deve ser São Paulo. Além de armas, o programa prevê treinamento de policiais e a compra de câmeras para monitorar cracolândias.
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Folha - Como vê a medida?
Dartiu Xavier da Silveira - É absurdo, abominável. Qual a justificativa para usar métodos agressivos contra usuários de drogas? Está se supondo que ele é um agressor. Isso está fadado ao fracasso. Não se pode esperar que o indivíduo pare de usar drogas com medidas agressivas.
Qual é a melhor medida?
É preciso chamar pessoas da área médica, especializadas em dependência química. A questão da cracolândia é multidisciplinar. Há uma leitura deturpada colocando a situação de miséria da cracolândia como consequência do uso de droga. Mas foi a situação de miséria social um prato cheio para a droga proliferar.
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