Advogada cita Joaquim Barbosa e Glória Perez para defender ex-namorada de Bruno
A advogada Carla Silene Gomes, defensora da ré Fernanda Castro, invocou o ministro Joaquim Barbosa, presidente do STF, e a novelista Glória Perez para defender a sua cliente da acusação de sequestro e cárcere privado de Eliza Samudio e de seu bebê, filho do goleiro Bruno Fernandes.
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Ela citou o discurso de posse de Barbosa na presidência do STF, quando falou do deficit de Justiça, para afirmar: "Esse espetáculo armado no caso Bruno é resultado do deficit de Justiça", afirmou.
A advogada também considerou fantasiosa a história envolvendo Fernanda, e nesse momento citou a novelista.
"Nem Glória Perez para construir um roteiro para uma namorada de poucos meses, que se associa a uma ex-mulher para deixar o caminho livre para tirar a vida de uma ex-amante e deixar o caminho livre para a noiva."
A advogada se refere, respectivamente, a Fernanda e Dayanne Souza, ambas rés, Eliza e a dentista Ingrid Oliveira.
A advogada negou os dois crimes imputados a Fernanda e atacou o inquérito policial que sustentou a acusação da Promotoria.
Ela não negou a existência do crime, mas disse que sua cliente não participou dele. "Nesse caso, existem pessoas que não vão poder se esquivar da Justiça, mas essa pessoa não é Fernanda"' afirmou.
Ela leu uma carta de Bruna enviada a Fernanda no período de quatro meses em que ela esteve presa, na qual diz que ela "não tem nada a ver com essa situação". A advogada disse até que Fernanda, além de não ter nada com o caso, poderia até vir a ser "a próxima vítima".
Por fim, ela pediu aos jurados (seis mulheres e um homem), que não façam mais uma mãe sofrer nesse caso, além da mãe de Eliza.
"Não permitam que outra mãe sofra com a condenação injusta de Fernanda"' disse a advogada, cuja cliente chorou durante boa parte da fala da defensora.
ÚLTIMO DIA
Começou por volta das 11h20 no fórum de Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, a quinta sessão do julgamento. A expectativa é que o júri decida ainda hoje o destino de Macarrão e de Fernanda.
Macarrão responde pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver, sequestro e cárcere privado de Eliza e de seu bebê. Já Fernanda está sendo julgada por sequestro e cárcere privado.
Hoje, a Promotoria tem duas horas e meia para tentar convencer os sete jurados da responsabilidade dos réus no crime. Em seguida, será a vez das defesas de ambos falarem. Caso a acusação queira continuar o debate, ela poderá pedir réplica, e as defensorias, tréplica. Essa fase pode durar entre cinco e nove horas.
Terminado os debate, a juíza deverá fazer um intervalo para que os jurados se reúnam e decidam se os réus são culpados ou inocentes.
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